LISNAVE :: Despedimento de trabalhador por ter permitido o acesso de um dirigente sindical a um plenário de trabalhadores precários
Dezenas de trabalhadores da Lisnave concentraram-se hoje de manhã à entrada dos estaleiros navais da empresa, na Mitrena, Setúbal, e observaram uma paralisação de duas horas.O protesto, iniciado às 08:00, foi convocado pelo Sindicato dos Metalúrgicos (SM) na sequência do despedimento de Filipe Rua, por alegadamente ter permitido o acesso de um dirigente sindical a um plenário de trabalhadores precários.
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Filipe Rua (Coordenador da comissão de trabalhadores (CT) ), acompanhou Américo Flor, dirigente do sindicato, quando este se deslocou ao estaleiro, para reunir com jovens trabalhadores formados na Lisnave, contratados em regime de trabalho temporário por meio da Select e aos quais a administração exigiu, como condição para manterem o emprego, que baixassem de categoria profissional, de Oficiais para Praticantes.
Recusando esta perspectiva, foi convocado um plenário, indicando na convocatória que iria estar presente Américo Flor. A Lisnave tentou que o plenário não se realizasse, mas não o conseguiu. Os trabalhadores exerceram um direito que legalmente lhes assiste, para rejeitarem a baixa de categoria e a mudança para a «empresa» Lisnave 2, criada para servir esse objectivo da administração.”
As novas leis aprovadas na AR, com a maioria do PS, vêm reforçar os poderes das entidades patronais e é por isso que estamos a assistir a esta ofensiva contra os direitos dos trabalhadores”, afirmou Filipe Rua.