Londres a ferro e fogo
Londres está a ferro e fogo pelo terceiro dia consecutivo, com notícias de confrontos entre jovens e a polícia no bairro de Tottenham. Os desacatos começaram no sábado em Tottenham depois de um protesto contra a morte de um jovem de 29 anos durante um incidente policial, alastrou a noite passada os bairros no Norte, Sul e Leste da capital.
Estas ocorrências fazem lembrar os acontecimentos de Paris há uns anos atrás, onde foram incendiados inúmeros carros. As causas são as mesmas, a carência de respostas políticas de fundo que proporcionem uma esperança de vida decente e digna para todos os que habitam os subúrbios degradados por essa Europa fora, e que a crise económica e financeira agrava brutalmente. Os pobres, desempregados e os mal-empregados são sempre as vítimas da austeridade.
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Até ver, não consta que pilhar lojas, incendiar carros e edifícios, resolva esse grande problema.
Acompanho-vos há muito e respeito as opiniões dos dinamizadores deste espaço, apesar de nem sempre estar de acordo, mas começo a achar que se afastam daquilo que aqui nos reuniu a todos (a precariedade que alastra no trabalho), em nome de qualquer outra coisa.
Cátia Marques
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A questão é que a situação está a chegar a uma situação de tal forma insustentável, que se as políticas de austeridade neoliberais que têm sido amplamente implementadas em todo o mundo não forem drasticamente canceladas e mudadas, esta situação alarga-se-á para outros países quase de certeza. Atenção também que o bairro do Tottenham onde estes desacatos começaram, é um dos bairros com mais desemprego da Inglaterra, por isso esta notícia está ligada com o desemprego e precariedade que nos afectam.
Ao menos os gregos e os britânicos fazem alguma coisa. Já os portugueses, optam por entregar papéis e propostas na Assembleia da República, ah, ah, ah.
Perderam totalmente o poder que tinham nas ruas, na altura do 12 Março. Podiam ter feito mais, muito mais, com a ajuda do povo. Agora o povo estagnou, comeu, calou.
Este estado de coisas è o fruto desta sociedade de consumo e capitalista não há mudança com pequenas reformas politicas, pois quem esta por cima está ligado ao poder, farão leis que os favorece sempre. Quem parte e reparte escolhe a melhor parte! É preciso políticos que sejam políticos de cerne. Imaginem irem a um medico mas serem atendidos por advogados. Politica não e para todos. Temos de aceitar o que se passa em Londres como um fruto que temos de colher,mas os verdadeiros políticos de ética não conseguem aceder ao poder e a politica tornou-se para alguns uma profissão, estatuto ou forma de interesse.
E ninguém condene aqueles jovens pois no mesmo contexto seriamos iguais ou piores, como militares numa guerra, uma questão de ilusão mesmo que os valores que defendemos(Interesses) matem inocentes. Depois vem o stress pós guerra qd se pensa no que se fez.
Queremos manter o estilo de vida que levamos antes da crise. Quem quer a vida antes da crise não quer futuro pois não deixara algo só destruição. Temos de reaprender o que somos, o que é fazer parte de uma sociedade de um estado, senão mais vale a anarquia e a sim a justiça do mais forte.Porque agora o mais forte e o quem mente melhor e tem mais poder, doutra forma seria o que tem melhor apontaria(instinto animal). Se queremos pensar em futuro temos de pensar em sustentabilidade e partilha justa e ganha não oferecida para nos calar, rendimentos etc.. Pior que a pobreza e não ter igualdade de oportunidades, a pobreza pode ser um começo não um estado de vida….
e isso só é possível se falirmos todos, seria o pior dia, de outros melhores se construíssemos algo de bom e aí sim, via-mos quem quer trabalhar de facto. Mas em minha resposta dirão isto é utopia.Ok! Então mantemos-nos como estamos e vamos bem. Até ao dia que nos sentirmos escravos e não conseguirmos sair dessa situação. Vida de cão! Se não pagarmos ninguém nos tira nada pois o estado como o vemos já não terá poder para tal, pois se fossemos todos agora ao banco levantar o dinheiro que lá julgamos ter não o teríamos divida pela divida isso sim povo unido. Pois este discurso e criticado pelos que tem medo de sair da sombra da bananeira, este não é o meu estado o que não se preocupa com outros e que os contenta com migalhas ate ao dia em que esse bolso já não tem mais. Se a crise não tem rosto tapamos a cara a como ela como os jovens nesse maravilhoso mundo novo do consumismo. Serão apenas lcd,s etc.. que valeram metade do preço depois de sair a porta da loja para fora ou em saldo viriam a 75% do preço, estão vamos condenar estes actos apenas a 25% o resto 75% capitalistas…. que quando ganham ganham pouco quando perdem perdem muito, pois só se tirarem as televisões aos pobres, em que na publicidade tudo é bom e tão fácil de comprar, filho de rico pode ter filho de pobre não pode, pois não se empresta mais tiro-se o anel o dedo não serve para nada… mas o dedos de todos pode premir um grande gatinho… ou segurar um novo cravo!