Luta dos professores das AECs do Porto continua viva!

Os professores e professoras das Actividades de Enriquecimento Curricular do Porto continuam a sua luta por contratos de trabalho e todos os direitos que lhes têm sido negados pela prepotência da Edutec e da Câmara Municipal do Porto. Não tem sido em vão o seu grito de revolta contra os falsos e ilegais recibos verdes, os baixos salários e as condições humilhantes que têm de suportar para desenvolver a actividade docente. Na sequência da carta aberta e das reclamações endereçadas à Câmara Municipal do Porto, o apelo aos grupos parlamentares está a ter eco.

O Partido Social Democrata respondeu a quem enviou a missiva, garantindo que “tomou conhecimento”. Já o Partido Comunista Português questionou o Governo sobre as AECs e o caso particular dos professores do Porto, conforme divulgado pelos trabalhadores no seu blog.

Recordamos ainda que foi o próprio Ministério da Educação a reconher a ilegalidade da situação, depois de questionado pelo Bloco de Esquerda. O Ministério de Isabel Alçada admite que “a empresa contratada pela Câmara Municipal do Porto [a Edutec, portanto] não estava a obedecer ao regime aplicável”, dando razão às justas exigências dos professores.

Também os sindicatos se vêm jutando e dando destaque a esta luta. O Sindicato dos Professores do Norte, que cedo se solidarizou com estes professores e se juntou ao combate pelos seus direitos, volta a destacar o assunto no último número da sua revista (aqui e aqui), falando claramente em “prepotência, intimidação e ilegalidade”. Também a Fenprof, no seu conjunto, se tem afirmado insistentemente contra os abusos praticados nas AECs, como se vê por mais este artigo partilhado no blog dos professores das AECs do Porto.

Estas pessoas não desistem dos seus direitos e estão a ter a coragem de enfrentar o medo e denunciar o lado menos risonho deste programa governamental. E continuam a exigir a actuação da Autoridade para as Condições do Trabalho bem como a resposta da Câmara Municipal do Porto. No seu blog, têm terminado as suas comunicações com um apelo: “mantenham-se atentos”. De facto, é o mínimo que quem não aceita os atropelos aos direitos e às vidas de quem trabalha pode fazer perante a força demonstrada por estes profissionais. Da nossa parte, já sabem que podem contar com toda a solidariedade e energia para este combate.
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