Mais de 8.000 arquitectos podem ficar no desemprego

O bastonário da Ordem dos Arquitectos, João Belo, afirmou hoje que mais de 40% dos cerca de 20 mil arquitectos portugueses correm o risco de ficar sem trabalho devido à paralisação do investimento público e privado. Apesar das notícias não referirem, os arquitectos estão entre as classes profissionais mais precarizadas e exploradas no país. Os donos das empresas de arquitectura (ou ateliers) refugiados na noção de que qualquer arquitecto é um trabalhador independente, conseguiram sempre impôr a situação de falsos recibos verdes à esmagadora maioria dos seus trabalhadores (dependentes), arquitectos e arquitectas. Agora, em sobreposição à precariedade e exploração, os trabalhadores formados nos vários ramos da arquitectura enfrentarão uma enorme vaga de desemprego, mas sempre desprotegidos, pois os seus direitos na  Segurança Social foram subtraídos pelos patrões de forma ilegal. A consequência, é a de que não terão direito a Subsídio de Desemprego ou Social de Desemprego na maioria dos casos. Precários, desempregados e sem apoios.

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