Mais de metade dos docentes universitários corre risco de despedimento

Perante os cortes previstos para a área da Educação, os professores universitários com contratos a termo ou que estão a leccionar em regime de convite pelas instituições de ensino superior correm o risco de vir a ser dispensados. No total, são mais de 12 mil profissionais, que representam 52% de todos os docentes no ensino superior. Esta hipótese, já denunciada pela Fenprof e pelo SNESup e hoje conhecida através da comunicação social, é admitida pelos reitores: Helena Pereira, reitora interina da Universidade Técnica de Lisboa, declarou que, a confirmar-se a cativação de verbas das universidades, “os contratos a termo certo podem vir a não ser renovados”.
Depois de várias dezenas de milhares de professores do ensino básico e secundário terem ficado sem colocação – que levou ao protesto do passado sábado contra “o maior despedimento da história do ensino” -, ficamos a saber que, também no ensino superior, os cortes têm como primeiras vítimas a qualidade do ensino e os profissionais em situação precária. Parece cada vez mais claro que este ano lectivo começa da pior forma, quer no ensino básico e secundário, quer no ensino superior. Espera-se que o ministro Nuno Crato esclareça rapidamente se quer ser responsável por ainda mais despedimentos na área da Educação, bem como pela degradação do ensino público.

Notícias:
Mais de metade dos docentes do superior em risco de serem dispensados (Diário Económico)
Professores do ensino superior receiam despedimentos (TSF, com audio)

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