Manifestação de profs dá pontapé de saída a greve de amanhã
Cerca de 50 mil professores saíram ontem à rua em Lisboa e desceram a Av. da Liberdade em protesto contra o despedimento de 30 mil docentes e pela proteção da Escola Pública de qualidade.
Esta enorme manifestação, “ao nível das maiores” de acordo com Mário Nogueira da Fenprof, é o pontapé de saída de uma “grande greve” para esta segunda-feira, que coincide com o primeiro dia de exames do secundário.
A greve às reuniões de avaliação teve na última semana, uma grande adesão, provando que apesar das ameaças e da propaganda do Governo, os docentes estão mobilizados para defender o ensino público, por eles e pelos seus alunos.
Nuno Crato, Ministro da Educação, envolveu, de acordo com o Expresso, uma enorme equipa ministrial, como Poiares Maduro, Álvaro Santos Pereira e Mota Soares, para tentar demover os sindicatos de manter a greve de amanhã, mas nem os sindicatos da UGT, apesar da lamentável intervenção do ex-secretário geral João Proença, recuaram.
O Governo podia ter adiado o exame, mas não o fez por querer manter um braço de ferro com os professores e não se preocupando com os alunos.
Crato, Passos Coelho, Cavaco, Paulo Portas e Poiares Maduro dizem querem proteger os jovens e pedem para que a greve de amanhã não aconteça, mas vão despedir 30 mil professores e aumentar para mais de 35 os alunos nas turmas.
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