Manifesto da esquerda à direita diz que austeridade e dívida criam desemprego e precariedade
Esta manhã o jornal Público divulgou um manifesto de 70 personalidades que defendem uma “reestruturação responsável da dívida” para parar a política de austeridade. Se não se parar este caminho de austeridade – avisam – não é possível crescimento ou emprego e os resultados serão a degradação dos serviços e prestações fornecidos pelo Estado, a queda da procura, a economia a definhar, maior precariedade do trabalho, a emigração de jovens qualificados, a rarefacção do crédito da banca e mais despedimentos.
O grupo que subscreve este manifesto promovido pelo ex-ministro socialista João Cravinho é muito heterogéneo, indo de Alfredo Bruto da Costa, António Sampaio da Nóvoa, Boaventura Sousa Santos, Francisco Louçã e Carvalho da Silva a personalidades da direita como Bagão Felix, Adriano Moreira, Manuela Ferreira Leite ou António Capucho. Assinam ainda dois dos patrões dos patrões: António Saraiva da CIP e João Vieira Lopes da CCP.
A assinatura deste manifesto por algumas pessoas que defenderam ou implementaram políticas que atacaram os trabalhadores e precarizaram as relações de trabalho só pode querer dizer que mesmo estes setores veem a continuação do caminho da austeridade para pagamento da dívida como um suicídio coletivo em que nem os trabalhadores, nem os patrões se safam. A política do Governo de Passos, Portas, Merkel e Durão já não tem credibilidade mesmo entre os que já a exigiram ou implementaram. Só os banqueiros, repetidamente salvos ao longo desta crise por capitais públicos, é que mantêm o apoio aquilo que os Precários têm vindo a chamar de regime de austeridade.
Notícia Público aqui.
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