MC Snake: investigação já tem resultado: morte de um inocente

O Correio da Manhã noticiou hoje que Nuno Rodrigues (MC Snake) não tinha bebido ou tomado drogas, não tinha sido sequer chamado a parar na operação Stop.
O Nuno Rodrigues terá feito inversão de marcha a 100 metros da operação stop, num local onde o traço contínuo está apagado (segundo a notícia do CM), fez então a rotunda das Docas de novo até à Av. de Brasilia. Teve sempre uma carrinha da Brigada de Intervenção rápida com o pirilampo ligado mas sem o mandar parar. Depois perderam-no e voltaram-se a cruzar na Radial de Benfica, nessa altura o Nuno Rodrigues ao volante do Lancia Y10 da mãe terá tentado fugir sendo morto com um tiro nas costas (Notícia DN).
O Polícia que o matou a tiro ainda está ao serviço, tendo sido transferido para o Porto para salvaguarda deste agente de 27 anos da Brigada de Intervenção Rápida, nunca lhe tendo sido retirada a arma, mesmo quando estava em baixa médica.
O que aconteceu com o Nuno Rodrigues ganha agora mais claridade e um nome: crime.
É claro agora que nada justifica a acção das forças policiais naquela noite. Nunca mandaram parar o Nuno e o Nuno não realizou nenhuma acção que justificasse aquela resposta; o que nos leva a perceber que a polícia, naquele momento, rasgou todos os pressupostos de utilização de arma de fogo.
O crime que matou o Nuno Rodrigues tem origem no medo e só quando os responsáveis forem chamados a prestar contas pelas suas acções (não só o agente mas principalmente as chefias da PSP e o Ministério da Administração Interna) é que poderemos ter paz e garantir que mortes como a do MC Snake não se repetirão.
Os Precários Inflexíveis, que acompanharam este caso desde a primeira hora, enviam de novo um abraço solidário a toda a família e exortam os poderes judiciais e políticos a fazerem justiça celeremente.
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