Na Greve Geral estamos na rua :: Concerto SPGL/CGTP no Rossio às 17h30
A Greve Geral do próximo dia 24 de Novembro tem de parar o país para parar a austeridade. Mas nesse dia é preciso mais do que ficar em casa: é necessário contribuir para a greve, em cada local de trabalho em que isso é possível. E é também muito importante estar na rua a afirmar a recusa deste caminho e a exigir as nossas vidas. Em Lisboa, o Rossio será desde manhã um ponto de encontro importante: a União de Sindicatos de Lisboa terá desde cedo um ponto de informação e mobilização; a partir das 15h, os Precários Inflexíveis e a Plataforma dos Intermitentes do Espectáculo e Audiovisual apelam a uma concentração; e, mais tarde, a partir das 17h30, o Sindicato dos Professores da Grande Lisboa, da CGTP, organiza um concerto que promete juntar ainda pessoas neste dia de protesto.
Estaremos no Rossio e estaremos nesta iniciativa, em que várias vozes se comprometem com esta luta. Concentramo-nos a partir das 15h e apelamos a todos e todas que venham ao Rossio e fiquem pela tarde fora, dando força a este dia de mobilização, ganhando confiança para enfrentar a austeridade, a precariedade e a pobreza.
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A malta quer é festa. E bifanas, vai haver?
Sou recibo verde e adiro à greve, ainda que não acredite que ela produza qualquer efeito imediato e positivo sobre a situação dos precários. Porque a nossa situação não vai mudar enquanto não houver solidariedade dos trabalhadores que têm contratos a sério. São eles, muito mais do que nós, que participam em plataformas (comissões de trabalhadores e afins) com legitimidade, dentro das empresas, para exercerem pressão e combaterem as indignidades que acontecem nas suas barbas. Mas o que tem vingado é o egoísmo e a falta de solidariedade desses trabalhadores instalados e dos próprios sindicatos. Infelizmente, ainda não perceberam que, ao afirmarem-se contra a precariedade, podem estar a acautelar o seu próprio futuro.
Por isso, admito até que fosse melhor estratégia, da nossa parte, assumirmos o triste papel de fura-greves, mostrando aos trabalhadores de 1ª classe, porque eles não o querem ver, que somos uma ameaça para eles. Foi isso que me apeteceu fazer, quando recebi apelos à participação na greve de dirigentes sindicais que, na minha empresa, nunca usaram a sua palavra para defender os recibos verdes que ali trabalham (nem nas coisas mais básicas e escandalosas). No entanto, decidi aderir à greve (na verdade, vou trabalhar na mesma, mas em casa e em “segredo”, para que a minha empresa não tire partido desse meu trabalho, hoje), porque não admito que a falta de solidariedade da maioria dos trabalhadores e a falta de rumo dos sindicatos sacrifiquem o meu direito ao protesto. De resto, talvez seja inevitável o país bater ainda mais fundo, para os portugueses finalmente acordarem, e no imediato a greve talvez até ajude a afundá-lo. Aí, os reaccionários talvez tenham razão.
Por falar em reaccionários. Foi lamentável a falta de resposta com que ficou o menino do blogue 31 da Armada que falou há pouco na TVI 24. “Somos todos precários”, repetiu ele… O Tiago Gillot, do Precários Inflexíveis, devia ter lembrado algumas coisas simples. Por exemplo, que os trabalhadores ‘normais’ recebem 14 salários por ano e a maior parte dos recibos verdes recebe 11 (menos três), ou que grande parte destes não tem direito a subsídio de doença, porque não consegue pagar mais do que o esquema de protecção obrigatório (159 euros), o que não é pouco para quem ganha 500 ou 1000 euros. É preciso enfatizar estas diferenças, sublinhar que há duas grandes classes de trabalhadores em Portugal – a dos que não têm direitos e a dos que os têm.
Jornalista
o ano passado após 10 anos a recibo verde num organismo estatal fui, manhosamente, atirado para a rua sem qq indemnização ou subsídio. Teria direito a uma indemnização caso se tratasse de uma empresa privada, mas tratando-se do Estado a justiça é diferente e nem valeria a pena exigir alguma coisa. Claro que vou lá estar.
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