No debate sobre os Cortes na Cultura ouviram-se as vozes e reivindicações do sector
Cerca de 40 pessoas estiveram este Domingo no debate promovido pelos Precári@s Inflexíveis acerca dos cortes de 10% na Cultura, como consequência dos PEC. Segundo Carla Bolito da Plataforma das Artes, o Director Geral das Artes resumiu o problema numa frase: “se há menos dinheiro deve fazer-se menos”; é esta a linha que o Governo e a Ministra da Cultura tentam impor para justificar os cortes na Cultura, tentando passar a ideia de que a Cultura é algo dispensável e para o consumo de elites.
Bruno Cabral, dos Intermitentes do Espectáculo e Audiovisual, expôs porque, na visão desta organização, o actual estatuto dos intermitentes é claramente insuficiente e quais as expectativas e reivindicações que os profissionais do sector têm acerca dos projectos de lei que estão a ser discutidos na Assembleia da República pelos vários grupos parlamentares.
Foram muitas as questões levantadas pelas pessoas que assistiam ao debate, nomeadamente no que toca ao estatuto de intermitente e aos falsos recibos verdes no sector, e foi claro o sentimento de que é necessária uma organização que defenda os direitos de quem trabalha em Cultura e de que o Governo tem de, finalmente, deixar de ver esta área como o parente pobre das obrigações do Estado.
Ver notícia Correio da Manhã aqui.
by
Se a Cultura é algo de dispensável …e se é para consumo das elites…parece-me uma generalização perigosa. Contudo, quem nos Governa devia saber um pouco do que um grande Estadista — Sir Winston Leonard Spencer-Churchill, em tempo da 2ª Grande Guerra, respondeu a quem lhe dizia para cortar os dinheiros gastos nas artes, para investir no armamento: ” Então para que estamos nós a lutar? ” . Dá que pensar , penso eu. Mas, nós não temos Estadistas a governar. Temos politiqueiros, a governar-se a eles próprios. Aí reside a diferença…Cultural e Geracional.