no suplemento de "Economia" do "Público"
Marília começa a semana sem tempo para respirar. Às nove da manhã já está na Escola Básica 1 Helena Vaz da Silva, ali no Bairro Alto lisboeta. Ensina inglês no edifício grafitado. Uma hora e meia depois sai, desce a rua Luz Soriano, apanha o metro até Sete Rios e entra no “call center” de uma empresa de telecomunicações até às quinze. Come uma sandes no percurso, os almoços são sempre iguais. Às 15h45 está de volta à escola para mais uma sessão de aulas. Já ao final do dia, o relógio a marcar as 17h30, volta a descer a Luz Soriano em direcção ao Chiado. Apanha o metro. Sete Rios outra vez. “Call center” até as 22h30. Em casa, na Pontinha, janta tarde. Quando termina de lavar a loiça é quase uma da manhã. “Ao final do dia estou cansada. Fico sem paciência”, desabafa à mesa de um café. A idade conta. Marília, 25 anos, tem energia para correr e trabalhar em dois sítios ao mesmo tempo, driblando o tempo.” (…)
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