Novo Código Contributivo continua na ordem do dia
É um dos assuntos recorrentes deste início de ano. A entrada em vigor do novo código contributivo e o seu impacto particularmente gravoso sobre os trabalhadores a recibo verde tem sido notícia e tema de comentários em todos os media dia sim dia sim. E mesmo que o governo e os seus defensores continuem a alegar que o novo sistema de descontos – nomeadamente a já anedótica taxa de 5% sobre as empresas – irá constituir um desincentivo para os empregadores que insistem em não fazer contratos de trabalho aos seus funcionários, a verdade é que está ao alcance de todos fazer as contas.
Desta vez foi o Jornal I que pegou num exemplo simples: se um trabalhador auferir 1000 euros por mês – o que, diga-se de passagem, não está ao alcance de todos – , depois de descontados os 21,5% do IRS e os 29,6% da Segurança Social, leva para casa 578. Ou seja, pouco mais de metade, tal como já havíamos referido diversas vezes. Está visto que o governo pretende nivelar por baixo o rendimento dos Portugueses. O fosso das desigualdades está cada vez mais intransponível.






