Novo corte de 100 milhões nos mais pobres. Como? Mota Soares não diz
Um dos maiores cortes que o governo quer aplicar no Orçamento de Estado de 2015 é nas prestações sociais. Serão 100 milhões de euros a menos para a área social, mas Mota Soares e a Ministra das Finanças não dizem como, nem a quem.
Falam apenas de uma formulação genérica: será um “tecto às prestações sociais não contributivas substitutivas do rendimento do trabalho”.
Bagão Felix diz que com esta formulação o corte só poderá ser no subsídio social de desemprego. Se assim for, esta prestação social que apoia quem não teve tempo de trabalho suficiente para garantir um subsídio de desemprego e quem já não recebe subsídio de desemprego.
Se assim for, este corte tem um público alvo: os precários, que têm períodos de trabalho intermitentes.
Maria Luís, ministra das Finanças, disse que ninguém pode acumular mais de 600€ de prestações sociais, mas quem é que acumula essa prestação quando o RSI médio, por exemplo, não ultrapassa os 88€/mês.
Em dois anos mais de 87 mil pessoas perderam o rendimento social de inserção e muitos milhares não recebem subsídio social de desemprego. Mas o governo quer cortar nos mais pobres quando diminuiu o imposto sobre os lucros das empresas.
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