Número de bolsas cresce, a precariedade mantém-se
O jornal Diário de Notícias anuncia hoje que em 2009 o número de bolsas cresceu, dizendo que foram investidos pela Fundação para a Ciência e Tecnologia mais de 146 milhões de bolsas.
O que este número chorudo esconde é toda a precariedade e falta de investimento sério da FCT e consequentemente deste governo, (não) tem feito nos últimos 10 anos.
O que este número chorudo esconde é toda a precariedade e falta de investimento sério da FCT e consequentemente deste governo, (não) tem feito nos últimos 10 anos.
O valor das bolsas, mantém-se inalterado (745€ para licenciados, 980€ para doutoramentos , 1495€ para pós-docs) e o enquadramento legal de um estudante, quando na verdade os bolseiros têm as obrigações de um trabalhador, não lhes permitindo o acesso ao subsídio desemprego, doença, etc nem nenhum tipo de legislação no sentido da atribuição de licenças de parentalidade, tem tornado este tipo de funções cada vez mais ameaçadas pela precariedade.
O uso recorrente de bolseiros para funções permanentes em laborátorios e universidades durante anos e anos, torna-se bastante atractivo uma vez que não representam demais encargos e são descartáveis à la carte.
Mais uma vez a FCT apresenta a bandeira do investimento querendo encobrir a precariedade latente destas funções.
O facto de a investigação ser muitas vezes a única saída profissional de muitos licenciados coloca os bolseiros numa situação extremamente frágil quando da reenvidicação dos seus direitos. Esta situação torna urgente a criação de emprego científico com contratos, direitos e deveres, deixando o mote para que a atribuição de bolsas seja feita a quem tenta obter um grau académico (mestrados, doutoramentos, etc) e que sejam actualizadas proporcionalmente ao aumento da inflação.
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Mais uma vez a FCT apresenta a bandeira do investimento querendo encobrir a precariedade latente destas funções.
O facto de a investigação ser muitas vezes a única saída profissional de muitos licenciados coloca os bolseiros numa situação extremamente frágil quando da reenvidicação dos seus direitos. Esta situação torna urgente a criação de emprego científico com contratos, direitos e deveres, deixando o mote para que a atribuição de bolsas seja feita a quem tenta obter um grau académico (mestrados, doutoramentos, etc) e que sejam actualizadas proporcionalmente ao aumento da inflação.