O desemprego continua a subir

 

Segundo os dados do IEFP (Instittuto de Emprego e Formação Profissional) nas principais cidades do país, Lisboa e Porto, residem 7,8% dos actuais desempregados. Este ano, no mês de Junho, o número de desempregados registados nos centros de emprego subiu 15,2%, 6,9% e 15,9%, comparativamente ao mês de Junho do ano passado, nas cidades de Lisboa, Porto e Vila Nova de Gaia, respectivamente.

No entanto, apesar da dureza destes números, a realidade é ainda mais preocupante: Quantos milhares de desempregados já desistiram de inscrever-se nos centros de emprego? Quantos foram indevidamente apagados das estatísticas? Não sabemos ao certo o verdadeiro número de desempregados, mas certamente são muitos mais do que os 531.348 que os centros de emprego registaram no passado mês de Junho, número que foi reduzido pelo normal crescimento do emprego sazonal característico da época balnear. É verdade, já todos ouvimos patrões e governantes a falar em retomas da economia e nos sucessos das suas medidas de combate ao desemprego com base nesta habitual sazonalidade. Mas afirmamos que a vida de toda esta gente precisa de outra solução, porque o verão acaba depressa e sazonalidade deste emprego enquadra-se na permanente ausência de perspectivas de vida para os mais de 700 mil desempregados.