O Estado como garante da precariedade: recibos verdes em metade dos trabalhadores nas juntas de Lisboa

Mantendo-se o imperativo de precarizar, além do Estado Central ter despedido 100 mil funcionários públicos e ter posto desempregados e estagiários a ocupar temporariamente as funções permanentes nos Ministérios, a notícia do dia é que 48% de todos os funcionários das juntas de freguesia de Lisboa trabalham a recibos verdes. São 1419 pessoas de 24 juntas de freguesia, 1264 a tempo inteiro e 155 a tempo parcial, segundo a Lusa.

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Lisboa, que reduziu por sua própria vontade as freguesias de 53 para 24, viu várias competências serem transferidas da Câmara Municipal sob António Costa para as juntas de freguesia, com 1270 trabalhadores a serem enviados para as freguesias (1121 de quadro e 149 a recibos verdes).

Além do facto de metade dos trabalhadores serem trabalhadores a recibos verdes, em auscultação queixam-se de “problemas concernentes ao aumento de horas de trabalho e ao trabalho extraordinário”.

A nível do Governo e a nível das autarquias, o Estado continua a ser o garante da precariedade, precarizando, desempregando e dando o mote para todo o mercado de trabalho acerca de como contratar. Um Estado que vive na ilegalidade laboral e na exploração máxima de quem trabalha.

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