O massacre continua: desemprego real nos 22.2%
Os dados apresentados hoje pelo INE dão conta do desemprego oficial mais elevado de sempre, com 16,9%, equivalente a 923 mil desempregados. Estes dados excluem os inactivos, pelo que o desemprego real é de 22,2%, com 1 milhão 213 mil desempregados. Para as mulheres o desemprego oficial é de 17,1% e para os jovens é de 40%. As políticas do governo e da troika, promovendo a precariedade e o desemprego, atiram para a margem da sociedade, da economia e da comunidade mais de um décimo da população total e um quinto da população activa.
Desde a chegada da troika (Maio de 2011) há mais 340 mil novos desempregados, o que equivale a 18.755 novos desempregados por dia. Desde essa altura o desemprego oficial aumentou 36,7% e o desemprego real aumentou 38,5%. Há dois trimestres que a maioria da população activa em Portugal é já composta por precários e desempregados. Mas as políticas da austeridade promovem a conversão de toda a gente que trabalha em precários e desempregados.
Aos números oficiais de 923,2 mil desempregados é preciso adicionar inactivos disponíveis e desencorajados, respectivamente 259,8 mil e 30,7 mil, o que perfaz um desemprego real de 1213,7 mil pessoas sem emprego.
As mulheres e os jovens continuam a ser os mais atingidos, pois além da remuneração mais baixa são os mais vulneráveis ao desemprego, comprovando que a fragilização das relações laborais promove o desemprego e vice-versa.
Para combater o desemprego são necessárias respostas concretas como a Lei Contra a Precariedade, em discussão no Parlamento. A desregulamentação laboral levada a cabo por governo e troika estão a destruir a vida de milhões. O governo e a troika são uma arma de destruição em massa para quem trabalha e a para a população em geral.
Análise anterior da ACP-PI
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