O número: 900.000 precários/as
Segundo a edição de hoje do DN (noticia aqui) a precariedade laboral em Portugal atingiu o ano passado 902 mil mulheres e homens. Este valor foi calculado pelo DN com base em informações do INE e definindo o conceito de trabalho “não permanente”, usado pelo prof. António Casemiro Ferreira. Este Professor da Universidade de Coimbra lançou hoje, numa iniciativa da UGT, o documento “Da sociedade precária à sociedade digna: balanço da evolução social em Portugal”; nele conclui-se que entre 1998 e 2008 houve um aumento de 52% das situações de emprego precário, sendo as mulheres mais afectadas. 727 mil, do universo de 902 mil precários/as, têm contratos a prazo e as restantes 174 mil pessoas representam situações de prestação de serviços, sazonal e pontual, com ou sem contrato escrito. O risco de desemprego é substancialmente maior para as pessoas que têm um emprego precário, como se tem vindo a notar pelo aumento dos despedimentos unilaterais ou por mútuo acordo, que chegaram, em Janeiro último, a atingir 25% dos despedimentos (dados do IEFP).