O país saiu à rua:“Já chega!”. O país saiu à rua:“Com a precariedade não há liberdade”
Mas da realidade sabemos nós, precários, desempregados, mal-empregados, estagiários, explorados… Sabemos que os problemas do trabalho e da vida não são nenhuma novidade, resultaram de vários anos de opções que fragilizaram o trabalho e os direitos para que alguns acumulassem privilégios. Sabemos que temos direito ao salário, à dignidade. Sabemos também que é o poder económico que nos tenta impor, pelas mãos do Governo e do seu parceiro, principal partido da oposição, a precariedade e a exploração como forma de ganhar mais quota, mais dividendos, mais poder.
Não aceitamos, não aceitaremos que nos roubem mais a vida. Exigimos todos os direitos a que temos direito apontando como solução a riqueza acumulada por poucos, resultado do nosso trabalho. Queremos essa riqueza de volta: nos serviços públicos, nos salários, nos direitos.
Onde existirem soluções imediatas, que se apliquem já. Quando não existirem opções imediatas, que se criem, que se inventem, porque é para isso que servem as democracias, as ideias, as propostas, as pessoas.
Hoje, o país mudou. Não voltaremos para trás.
A rua é nossa.







Foi, de facto, excelente, e estão todos de parabéns: quem organizou e quem foi.
Mas, agora, é preciso ter muita cabeça e pensar acerca do «dia seguinte». Isto não pode ficar por aqui, mas também não se pode «banalizar» e incentivar ao mesmo «todas as semanas». Há que partir para a construção de algo.
Uma boa opção, seria incentivar ao voto em branco nas próximas eleições. Vai haver eleições em breve, PS não vai aguentar isto. PS / PSD não são alternativa a nada. É preciso mostrar que toda essa classe política, nomeadamente, PS e PSD, têm a única e exclusiva responsabilidade do estado do país ao fim destes anos todos de democracia.
Vejam como pessoas como o Pacheco Pereira tratam quem participou na manifestação: um total desrespeito e desconsideração. E ele «come» à custa desse mesmo povo que teve na manifestação.
Portanto, é preciso partir para algo pungente, antes de chegar à revolta suprema (uso de violência). Nesse sentido, a minha sugestão era essa mesma: incentivar ao voto em branco. 50% da população a votar em branco. Segundo sei, se isso viesse a acontecer, os partidos que tinham participado nessas eleições, estariam proibidos de participar nas próximas. Ou seja, país entraria num impasse e obrigaria à existência de novos partidos. Isso é bom. É preciso eliminar, de vez, esta mediocridade binária PS / PSD.
Reflictam bem o que fazer no futuro, mas não se percam; não percam a onda; não defraudam quem vos deu a mão; nem se deixem aburguesar, pois o poder consegue, muito facilmente, convidar gente para «comer à mesa».
Força!
Fez-se História ! Desde há muito que não se assistia a uma manifestação genuinamente civil. Após anos de cavaquismo e vacas gordas alimentadas a cartão de crédito, A nova geração já percebeu que tem que lutar pelo seu espaço. Senti novamente orgulho em ser portuga.
Foi um início muito bom, mas tb não se poderá ficar por aqui.
Acho mto bom o incentivo ao voto em branco, isso é que era e se se fizer divulgação para isso, tenho esperança que sim.
Mas a força da nossa consciência, deste saque ao povo descarado, terá que ser demonstrada continuamente, disto tenho a certeza.
Não acontecerá nada, sem essas demonstrações contínuas, vindo de todo o povo.
Conversas para quê? Neste caso, conversando não resolve absolutamente nada.
A actuação da grande maioria da classe política, já ultrapassou todos os limites possíveis de quem sabe somar 2 e 2. Esticaram-se demasiado. É chamarem-nos de acéfalos descaradamente.
Comete-se todo o tipo de falcatruas, para não falar de actos absolutamente criminosos e não se paga por isso, fazem-se leis em benefício próprio, etc, etc, etc.
Está tudo errado.
Procurem saber (se é que já não sabem) sobre a bestial revolução na Islândia que os nossos meios de informação não falam.
São precisas leis que travem estes processos descarados e é isso que temos que exigir. BASTA!
Não gosto de ser anónimo, mas teve que ser.