O PEC4 está na rua :: Vamos juntar-nos para o derrotar na rua
Como sempre afirmámos, a proposta de precariedade global está aí para todos, de todas as idades. Apesar do governo não ter a coragem de explicar os novos cortes no Subsídio de Desemprego que já não chega à metade dos desempregados, os cortes generalizados nos apoios sociais ou salário indirecto, sabemos que o PEC4 aí está.
As fortunas dos 3 mais ricos do país aumentaram no último ano 1,4 mil milhões de euros. No país da exploração legal e ilegal, dizemos-lhes que não aceitaremos nunca a proposta de precariedade como inevitável porque sabemos que o problema centra-se na injusta e predatória distribuição da riqueza produzida. Vamos exigir na rua os nossos direitos, o salário directo e indirecto pelos quais os nossos pais e avós lutaram, porque são dignos e devidos. Não aceitaremos vidas a prazo ou a recibo verde para que alguns tirem daí todas as vantagens.
No país em que a precariedade atinge quase 2 milhões de pessoas, tantas quantas a pobreza atinge, Américo Amorim retira todas as vantagens dos favores da Galp oferecidos pelo governo, sempre e de cada vez que colocamos uma gota de gasolina ou gasóleo. No país em que temos de trocar a democracia no local de trabalho pelo falso recibo verde ou falso trabalho a prazo, Alexandre Soares dos Santos ou Belmiro de Azevedo exploram milhares de trabalhadores no Pingo Doce, Feira Nova, Continente… Exploram-nos também a todos através de margens de lucros grotescas. Os banqueiros ganham mais, e pagam menos do que qualquer cidadão.
O regime e a economia em que se baseia o modelo social actual estão em crise. Perante essa crise, o governo, com ajuda do maior partido da oposição, concretiza mudanças profundas que nos fazem regredir dezenas de anos do ponto de vista civilizacional. Esta crise de regime marcará a mudança profunda das relações sociais em Portugal, da relação entre trabalhadores e patrões também.
A mudança persistirá, para bem da maioria, ou para muito mal da maioria. Nós, já fizemos a nossa escolha. Achamos que os milhões de Amorim, de Belmiro de Azevedo, António Mexia, família Mello, família Espírito Santo ou Soares dos Santos, têm desde já de ser remetidos para financiamento da Segurança Social e em benefício da economia como garantia dos postos de trabalho. Esse tem de ser o papel da economia.
Amanhã estaremos em Lisboa e em todos os lugares do país onde a força sair à rua. Daremos tudo o que pudermos e inventaremos força onde ela não existir.
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