O protesto sobe de tom: Passos recebido com Grândola e vaias na Faculdade de Direito de Lisboa

Foto: Público
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“No dia em que tivermos medo estamos arrumados” dizia Miguel Relvas ao Expresso da semana passada e por isso Passos deu ordem aos Ministros para não mudarem a agenda e ele próprio seguiu o exemplo e ontem foi recebido com vaias e protestos de dezenas de estudantes numa conferência da JSD na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa.

Ao entrar na faculdade Passos ouviu os manifestantes a cantar o Grândola e lá dentro os alunos gritavam “gatunos, gatunos” e “demissão”. Um aluno tinha um coelho morto pendurado numa forca e vários outros tinham cartazes onde se lia “Não quero emigrar”, “Passo a passo avançam os vampiros” e “Governo da precariedade não tem legitimidade”.

A questão é essa mesmo, o Governo está com medo de enfrentar os cidadãos porque já não tem legitimidade. Se Passos insiste em manter a agenda e a rodear-se de guarda costas para tentar mostrar determinação, os ministros do CDS como Paulo Portas, Mota Soares e Assunção Cristas têm feito tudo para não serem grândolados.

O Governo está podre e isso sente-se nas ruas. Milhares de pessoas passam faturas em nome do Primeiro-ministro, já há jogos onde se goza com o chefe de Governo e já ninguém acredita numa palavra do que os governantes dizem, excepto quando anunciam os cortes nas suas vidas.

A manifestação de 2 de março, pelo contrário, está a afirmar-se como o polo agregador da vontade de romper com o Governo e com a troika. Aliás, nomes sonantes do status quo como Henrique Monteiro ou Soares dos Santos – o homem mais rico de Portugal que paga impostos na Holanda – já começaram a atacar a manifestação dizendo que não é assim que se avança.

Falar de pós troika e de futuro e emprego para as pessoas é participar na manifestação de sábado.

Notícia Público aqui.

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