O "UPS!" no multiplicador fiscal do FMI e a nossa crise
Em inícios de Outubro do ano passado o FMI reconheceu que tinha cometido um “erro” nos cálculos do impacto da austeridade na economia, mas agora Oliver Blanchard lança novo relatório onde admite que o “multiplicador orçamental” do FMI está, de facto, errado e que isso subestima o efeito negativo e recessivo da austeridade.
Ou seja, o Fundo Monetário Internacional volta a dizer: “UPS!”, “errámos”.
Mas as consequências deste erro não foram assumidas na altura por Lagarde e não são agora assumidas no relatório de Blanchard, pois apesar de se reconhecer que há um erro grave na previsão dos efeitos de aprofundamento da crise nos países onde o regime de austeridade é implantado, o FMI conclui que não há outro caminho e que se deve seguir no trilho suicidário que implica enormes quedas no crescimento, no investimento, no consumo e no emprego.
Em Portugal, com mais de 2 milhões de trabalhadores precários, com 1,3 milhões de pessoas desempregadas, com 52 empresas a falirem por dia e com uma recessão acima dos 1,6% do PIB prevista pelo Banco de Portugal para 2013, sabemos bem o que custam os “UPS!” do FMI.
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