OIT prevê agravar do desemprego jovem

A Organização Internacional do Trabalho (OIT) lançou esta terça-feira um relatório onde conclui que «a taxa de desemprego jovem vai ainda agravar-se à escala mundial porque os efeitos da crise do euro estão a propagar-se das economias desenvolvidas para as economias emergentes».

De acordo com este organismo internacional a taxa de desemprego mundial entre os jovens será em 2017 de 12,9%, o que representa um aumento de 0,2 pontos percentuais em relação à taxa atual.

O relator do documento, Ekkehard Ernst, teme mesmo que se perca toda uma geração, pois «esta situação conduz ao desencorajamento e ao aumento da percentagem de jovens que nem trabalham, nem têm escolaridade, nem estão em formação».
Mas o especialista afirma que há maneira de quebrar este ciclo investindo em políticas contra a precariedade laboral, como sistemas de garantia de emprego e dando prioridade à formação; estas medidas podem «contribuir para retirar os desempregados da rua e para os integrar em atividades úteis, oferecendo-lhes proteção contra as novas tensões económicas». A OIT estima ainda que estas medidas são poucos dispendiosas, com um custo inferior a 0,5% do PIB, compensando largamente os «custos suplementares resultantes de um afastamento prolongado dos jovens do mercado de trabalho».
Relatório OIT

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