Opinião: ACT = 0

Aquilo que há umas semanas por aqui falava sobre a ACT ter dificuldade em antecipar derrocadas e tragédias para as vidas dos trabalhadores. Aconteceu novamente, como era previsível. E também como era prevísivel, parece que ACT, nem vê-la. Como também era previsível, a ACT não pode estar sempre pronta para as operações de charme, demagogia e marketing do patrãozinho Sócrates e do capataz Vieira da Silva.

Como devem imaginar, este singelo Precário Inflexível não é propriamente irmão do Zandinga, primo do professor Mamadu ou até namorado da nossa cientista-esotérica do oculto, a Maya (apesar da semelhança fonética do nome).

Simplesmente aconteceu mais uma vez aquilo que é normal em Portugal. País onde a justiça dos tribunais e das finanças funciona bem oleada para os pobres e os que vivem do seu trabalho, e simplesmente não existe para os que exploram e vivem do trabalho dos outros, nomeadamente as empresas de construção. Empresas estas bem ligadas ao poder político dos grandes partidos e ao poder local, e que gozam de uma impunidade que lhes permite gozar literalmente da vida dos explorados trabalhadores e usar e abusar do políticos vendidos.

Morreram mais 3 pessoas a trabalhar, em mais uma derrocada, em mais uma obra sem condições, em mais uma obra onde a ACT não esteve, e não estará. Segundo o JN: “A empresa responsável pela obra de recuperação do imóvel em Braga, onde esta segunda-feira morreram três operários, deveria ser penalizada com suspensão do alvará da actividade, defendeu o presidente do Sindicato da Construção do Norte.

Segundo Albano Ribeiro, o acidente poderia ter sido evitado se as normas de segurança para este tipo de obra não tivessem sido violadas e, por isso, a empresa responsável pelos trabalhos deveria ser sancionada com a retirada do alvará durante um período de pelo menos três anos.”

Valha-nos que: “O presidente da Câmara de Braga, Mesquita Machado, que se deslocou ao local do acidente, anunciou que vai determinar a realização de um “inquérito rigoroso” às causas do desabamento para avaliar a eventual existência de negligência no escoramento das paredes.”

Conhecemos bem os “rigorosos inquéritos ” políticamente mediados em Portugal, a ACT e a justiça. É como diz o outro… contem-nos mentira novas.

Ver aqui notícia completa do JN e aqui no Público… (e aqui)

rUImAIA

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