Opinião :: Vai trabalhar malandro!
Vítor Constâncio e a sua equipa do Banco de Portugal divulgaram ontem um relatório onde criticam a generosidade do subsídio de desemprego em Portugal e constatam que esse volumoso pacote financeiro que os desempregados – malandros e malandras – recebem do fundo de desemprego todos os meses, é um dos factores que leva ao desemprego de longa duração.
Ora, Vítor Constâncio, que pelos vistos não faz o seu trabalho de fiscalização no Banco de Portugal com os grandes ladrões do país e das pessoas (diz que ninguém lhe fez queixa de nada em casos como o BCP ou BPN), anda a execer o papel de orientador político para a área do trabalho e segurança social. Aliás, lá fora – no BCE – como cá dentro, os Bancos Centrais tendem realmente a ser um suposto poder racional e isento que legitima as medidas mais graves contra as pessoas que vivem do seu trabalho. De isento, não têm nada… antes pelo contrário.
O poder instalado persegue e maltrata os desempregados e trabalhadores precários através das regras e leis absurdas no emprego e até no “desemprego”. No entanto, o homem que diz que o subsídio de desemprego é muito alto declarou em 2005, 280.889€ de rendimento de trabalho dependente (ou seja, salários), e o ano passado só em contas e investimentos tinha 570.454€.
É preciso ter lata. É caso para dizer, “Oh Vítor! Vai mas é trabalhar ó malandro!”
Fonte DN, aqui
Ver vídeo de reportagem SIC sobre desemprego de longa duração:
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