Os salários da miséria em Portugal
O título de um artigo do jornal espanhol El Mundo salienta que o poder de compra dos portugueses é inferior em 23 por cento à média europeia. 605 mil ganham o salário mínimo. E 36 por cento dos jovens estão desempregados.
O artigo reflecte bem a humilhação que a implementação da austeridade alucinada e demente trouxe à população portuguesa com situações de que “a partir da 2ª ou 3ª semana o dinheiro já nem chega para comprar para iogurtes”.
Nunca é demais repetir que a política de redução de salários de forma a ganhar competitividade com os mercados escravizantes asiáticos e combater o desemprego não funciona nem faz arrancar a economia, antes pelo contrário. No entanto o Banco Central Europeu vem pedir que se baixe ainda mais os salários…
Portugal já é o país mais desigual da Europa, com um abismo que separa os ricos e os pobres. É o país dos quinhenteuristas doutorados a recibos verdes com acesso vedado a condições de trabalho dignas, e é o país onde iluminados com umas poucas cadeiras feitas mas que gostam de ser tratados por doutores, tomam decisões da maior relevância e importância para os destinos do país e da sua população para os anos e décadas seguintes…. Não é seguindo a mesma receita uma e outra vez, empobrecendo cegamente o país, tornando-o um dos países mais desiguais do mundo que sairemos desta situação.
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