Parece que afinal a saída da crise é mesmo o desenvolvimento :: Ou então, há competição pela deflação
Já começam a ser muitos prémios Nobel da Economia a chamar estúpidos aos governos Europeus e americanos. Nem sequer foi um qualquer precário que passa o ano a classificar (e com razão) Sócrates de ladrão e a reclamar que o patrão lhe deve dinheiro e foi fazer férias para as Bahamas ou para um resort da moda, o que até é verdade na maior parte dos casos.
Para além de Paul Krugman, que vai rebentando com os argumentos dos governos dia-sim-dia-não, foi agora o prémio Nobel da Economia Joseph Stiglitz que desmontou mais um argumento da crise. Stiglitz defendeu que se os bancos não emprestam os governos deveriam criar os seus próprios bancos. “Nos Estados Unidos entregámos à banca 700 mil milhões de dólares. Se tivéssemos investido apenas uma fracção dessa quantia na criação de um novo banco teríamos financiado todos os empréstimos necessários”, explicou Joseph Stiglitz em declarações ao jornal Independent.
A comparação demagógica da economia de uma família com a de uma nação parece ser um dos argumentos de base usados em Portugal, Inglaterra, Espanha ou Grécia, seja pelos próprios governos, pelo FMI, seja pela nova governadora de-facto europeia, Angela Markel.
“Se uma família não pode pagar as suas dívidas é-lhe recomendado que gaste menos. Mas numa economia nacional, se se corta o gasto, a actividade económica cai, nada se inverte, aumenta o gasto com o desemprego e acaba-se sem dinheiro para pagar as dívidas”, disse.
A resposta à crise, defende Stiglitz, não é reduzir o gasto público mas redefini-lo reduzindo, por exemplo, a verba que é gasta na guerra do Afeganistão e aumentando o investimento em áreas como a investigação e o desenvolvimento.
Tal como aponta Paul Krugman, citando Rebecca Wilder, o modelo de “aumentar a competitividade” à custa da baixa dos salários, que os nossos empresários e governos defendem, trará problemas a curto prazo à economia europeia, extremamente inter-dependente entre estados. A proposta conjunta – Portugal, Inglaterra, Espanha, Grécia, Alemanha, França – de baixa de salários para aumentar a exportação resultará em menos importações e na contração das economias de cada país, o que acabará por resultar em nova crise e novas medidas de “ajuste orçamental”, “austeridade” e perda de direitos.
Parece no entanto que em Espanha, tal como em Portugal, o número de ricos aumenta durante a crise.
Coincidência?
rUImAIA







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