Patrões querem cortar férias e mudar Constituição para despedir à vontade

As associações patronais aproveitaram as declarações de Merkel para anunciarem a sua pretensão de quererem baixar as férias dos trabalhadores para 22 dias, em vez dos 22 dias de férias mais 3 dias se o trabalhador nunca faltar ao trabalho.
Para além disso, e porventura mais grave, foi o anuncio da Confederação Empresarial Portuguesa (CIP) de que vai apresentar hoje mesmo um conjunto de propostas para o Governo que saia das eleições de 5 de Junho. Entre essas propostas, todas elas gravosas para quem trabalha, está a alteração da Constituição no artigo que consagra “a garantia da segurança do emprego” e a “proibição dos despedimentos por justa causa”. Ou seja, os patrões querem liberalizar os despedimentos um dia depois de se conhecer a taxa de desemprego histórica de 12,4%.

Os patrões analisaram as condições da relação de forças que o acordo da troika, as declarações dos líderes do PS, PSD e CDS e as infelizes e erróneas declarações de Merkel acerca da idade da reforma e das férias dos países do Sul, e resolveram lançar um ataque brutal, exigindo mais tempo de trabalho e despedimentos à la carte.
A CGTP já comentou esta ideia da CIP dizendo que o que pretendem é “trabalho forçado, a qualquer preço e sem direitos”.

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