Patrões querem poder baixar salários sem acordo dos trabalhadores

ChildlabourcoalCom este Governo os patrões ganharam a liberalização dos despedimentos, mas agora querem baixar salários sem o acordo dos representantes dos trabalhadores e dizem que isso serve para melhorar a “competitividade”. Aqui se vê a enorme avidez que os patrões têm para esmagarem os salários e aumentarem a exploração dos seus trabalhadores, para eles nunca chega.

O seu ideal é o das empresas do século XIX, em que as pessoas trabalhavam de sol-a-sol, sem condições e com salários de subsistência.

Para o chefe dos patrões das indústrias bastaria que pudessem baixar salários só com o acordo do trabalhador, impedindo os sindicatos de apoiar o trabalhador nas negociações e obrigando cada pessoa a sofrer sozinha as chantagens das entidades patronais.

Questionado sobre as outras prendas no sapatinho, como a redução da taxa social única, o Presidente da AIP respondeu: “A TSU não é a solução milagrosa para o problema, mas ajuda”. Será que este responsável da indústria já não se recorda da manifestação de 15 de Setembro de 2012 onde um milhão de pessoas recusaram em todo o país as mexidas do Governo na TSU?

Hoje já percebemos que há um autêntico ajuste de contas com o Direito do Trabalho. O princípio do tratamento mais favorável da parte mais fraca da relação laboral já não interessa, a proteção de despedimentos arbitrários já não interessa e agora o artigo 122.º do Código do Trabalho que impede reduções de salário também é suposto que deixe de interessar.

No dia 2 de Março temos de voltar às ruas para meter a AIP, o Ulrich, a troika e o Passos nos seus lugares.

Notícia aquiaqui.

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