PEC 3: mais austeridade para quem trabalha
Hoje, José Socrates e o seu Governo apresentaram ao país a 3ª ronda de austeridade sobre quem trabalha, o PEC 3:
- Suspensão do investimento público previsto para 2010;
- Redução de 5% nos salários da função pública e congelamento de admissões e progressões de carreiras;
- Congelamento de pensões
- Corte de 20% no Rendimento Social de Inserção
- Corte de 25% no Abono de Família
- Cortes nos serviços públicos (saúde, educação,…)
- Aumento do IVA para 23%
- entre outras medidas
A justificação dada pelo Governo para a implementação destas medidas prende-se com a pretenção de redução do défice orçamental de 7,3% para 4,6% do PIB. José Socrates diz pretender assim “defender o modelo social” e subir a a credibilidade no mercado financeiro.
Assistimos ao 3º capítulo de uma drástica história vivida em tempo real, de transferência massiva de capitais da totalidade dos trabalhadores para quem acumula fortunas à custa da exploração. Somos milhões de pessoas, trabalhadores e trabalhadoras, que pagam hoje com a degradação das suas vidas os resultados desastrosos de muitos anos de políticas erradas e de favores prestados aos interesses do capital financeiro.
Bem sabemos qual é o modelo social que José Socrates e Passos Coelho defendem, em sintonia com os patrões. Sabemos porque sentimos na pele todos os dias o resultados das suas escolhas, mais pobreza, mais desigualdade, mais dificuldades, mais injustiças, menos Estado social. Querem-nos fazer acreditar que estas medidas são inevitáveis, querem-nos calados, separados, uns contra os outros. Mas daremos a volta ao prego, não nos conformamos, não nos calamos, vamos à luta!
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MAIS UM ATAQUE AOS REFORMADOS
Rendimentos de categoria H (Pensões)
Muito pouco se fala no corte das deduções específicas para os rendimentos de categoria H (Pensões). Mas esta medida, querendo igualar as deduções específicas da categoria H com as da categoria A (Rendimentos de Trabalho), vai fazer com que os reformados sejam altamente penalisados, uma vez que vão pagar imposto sobre um valor muito maior.
Mais um roubo encapotado ao bolso dos reformados,e não será pequeno, e segundo me parece, não estão a divulgar convenientemente este brutal ataque áqueles que descontaram muitos anos, para terem uma reforma condigna.