PI reuniu com a ACT sobre o call center da Segurança Social em Castelo Branco
O PI esteve hoje reunido com a Drª Domitília Gomes, Directora Regional da Zona centro da Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT). O assunto é conhecido: a situação dos trabalhadores do call center da Segurança Social em Castelo Branco. Uma reunião que esperávamos desde que enviámos, no passado dia 19 de Março, uma carta aberta ao Presidente da ACT, Paulo Morgado de Carvalho, dando conta das nossas preocupações e solicitando a intervenção daquele organismo. Insististimos, insistimos e insistimos, porque conhecemos a importância e urgência deste assunto. 68 dias depois, como acusava o contador no nosso blog, conseguimos finalmente um contacto oficial com a ACT.
Relembramos que no call center da Segurança Social em Castelo Branco – que iniciou actividade em Dezembro de 2008 e foi oficialmente inaugurado pelo ministro Vieira da Silva em Março de 2009 -, trabalham cerca de 200 pessoas, contratadas, pela Segurança Social, com vínculos precários e com a intermediação duma empresa de trabalho temporário (a “RH+”). Para a reunião com a Drª Domitília Gomes levámos as mesmas dúvidas que temos desde o início: como pode a Segurança Social, uma das áreas vitais das funções do Estado, contratar os seus trabalhadores com vínculos precários? Como se pode entender que se estabeleça a intermediação duma empresa de trabalho temporário neste caso? O que há de temporário no atendimento aos cidadãos (seja neste call center ou em qualquer outro lugar), que justifique esta intermediação?
O resultado mais importante desta reunião é a garantia, dada pela Drª Domitília Gomes, de que a ACT dará a este caso “tratamento inspectivo”, “tão depressa quanto possível”, “como é missão da ACT”. Para os Precários Inflexíveis esta é, sem dúvida, uma importante notícia. Foi por isso que nos batemos desde o primeiro momento, porque é preciso que o país conheça as condições em que a Segurança Social está a contratar aquelas pessoas. Temos que saber se pode tornar-se normal que seja o próprio Estado, numa área da maior sensibilidade e importância, a contratar pessoas com vínculos precários, para funções permanentes e através de empresas de trabalho temporário. Como a própria Drª Domitília Gomes nos transmitiu esta é uma justa preocupação, que é certamente partilhada pela maioria dos cidadãos.
Aguardamos, então, pelos resultados das averiguações que a ACT irá fazer. Este caso não é, desde o início, um segredo. A nossa insistência já teve alguns resultados: levou os principais responsáveis por esta situação – nomeadamente, Edmundo Martinho, Presidente do Instituto de Segurança Social – a fazer algumas alterações face às perspectivas iniciais. Alterações que, aparentemente, já beneficiaram a situação dos trabalhadores do call center da Segurança Social de Castelo Branco (alguns contratos de trabalho a termo incerto já terão evoluído para contratos sem termo, embora injustificavelmente celebrados com a “RH+”, em claro prejuízo para os trabalhadores e, na nossa opinião, sem nada que o justifique). Mas estes são esclarecimentos urgentes, que só a acção da ACT pode acrescentar. A partir de hoje, o contador no nosso blog muda: ele estará agora a avançar até que a actividade inspectiva da ACT nos traga a urgente resposta para um assunto que não pode esperar mais.
Muito boa acção!
É um escândalo a segurança social empregar gente nestas condições e é óptimo que a ACT se tenha comprometido em averiguar o caso. Esperemos que isso aconteça realmente e que esteja para breve. Mas mais do que isto, é preciso que a ACT tenha a coragem de verificar os restantes postos de trabalho que por todo o país funcionam (descaradamente) na ilegalidade, a começar nos restantes órgãos do Estado (inclusive a própria ACT!) até aos mais diversos patrões que acumulam fortunas à custa da exploração.
A ACT tem de responder se está do lado dos trabalhadores ou do lado dos patrões. Esperemos pela resposta. Será que a vida destes trabalhadores vai mudar em breve?
Grandes Precários, Super INflexíveis!
É assim Mesmo!
Isto é uma vergonha!!! Pk é k não falam na Multipessoal que é a empresa que empregou 22 (actual)trabalhadores no Contact Center do Instituto De Informática do Tagus Park e que de repente teve de dispensar 11 colaboradores, alguns que já estavam há 6 anos a trabalhar no Instituto de Informática da Segurança Social. Falta referir que afinal são 2 e não 1 Contact Center da Segurança Social. E que antes do Contact Center de Castelo Branco aparecer, já existia este que empregava trabalhadores temporários há cerca de 7 anos. E nunca ninguém se preocupou com ele. E que este Contact Center ganhou em 2007 o prémio de Melhor Contact Center da Administração Pública. Portanto, não esqueçam nunca quem foi o primeiro… e o melhor… Pois é tudo muito bonito com o novo Contact Center principalmente o facto de eles passarem quase todas as chamadas para o apoio tecnico (SSDirecta e DRI/DRO/CESD) ou mandarem para o presencial.IRÓNICO!!!! Enfim só falam dakilo que lhes convém e para o “povo” ver. São uns brincalhões!!!
Caro anónimo, se nos fizer chegar informação/documentação, seja ela onde tiver sido obtida, nos media ou noutro sítio qualquer, acho que poderá ser bastante útil.
abraços
rUImAIA
ps:basta que nos arranje notícias de jornais ou links para sites noticiosos ou outra coisa qq.
Caro Rui Maia,
pertence aos Precários Inflexiveis?
Se sim, indique-me o email para onde devo enviar a informação/documentação?
Caro Anónimo, o email dos Precários Inflexíveis é precariosinflexiveis@gmail.com
ficamos à espera
Caro Rui Maia,
se quiser comprovar a existência de mais vinculos laborais precários dentro do MTSS, e assim a existência do nosso Contact Center, basta que verifique a noticia divulgada no dia 23-05 no Correio da Manhã no seguinte link: http://www.correiomanha.pt/noticia.aspx?contentid=CD3E76A8-1380-4B73-A2C5-4E81FC1A83F6&channelid=00000090-0000-0000-0000-000000000090
Obrigado. Penso que poderei dizer que vamos tentar utilizar da melhor forma esta informação. E desde já fica convidado a aparecer na próxima reunião dos Precários Inflexíveis. Como sabe as reuniões são abertas tal como o movimento, portanto, vamos tentar pensar em conjunto a melhor forma de nos defendermos destes ataques.
Um abraço
rUImAIA
A precariedade do call center de Castelo Branco, prende-se com….?
Esse Call-Center, tem umas histórias ineressanes e quem é de Castelo Branco e já trabalhou/trabalha ou conhece alguém que já lá trabalhou ou ainda trabalha, certamente conhece as várias situações reais de perseguição, calúnia/difamação, e a ACT diz, a quem a eles se dirige a pedir apoio, que não pode fazer nada porque não há legislação. Mas em Castelo Branco o que não falta são falsos recibos verdes! Basta ver o que se passa com os funcionários que trabalham para a Vodafone através da Reditus. No entanto uma coisa que me surpreende é como é que estas empresas sabem sempre com uma antecedência confortável que vão ser inspeccionadas.
Cumps.