Pizza Hut: luta dos trabalhadores trava redução salarial

A Ibersol, empresa que detém a cadeia de lojas Pizza Hut, tentou impor uma redução na remuneração dos distribuidores daquela cadeia de lojas de restauração, que passaria de 1,17 para 0,67 euros por cada entrega ao domicílio. Os trabalhadores não aceitaram e, com o apoio do Sindicato de Hotelaria do Norte, agendaram uma greve que, no passado dia 24 de Janeiro, teve uma adesão praticamente total entre os cerca de 80 distribuidores na cidade do Porto. Perante a força do protesto, a empresa foi forçada a recuar. Sindicato fala numa “grande vitória”.

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Uma das gigantes da restauração aposta, como é regra nestas empresas, na precariedade e nos baixos salários como ponto fundamental da estratégia do seu negócio. Esta tentativa de reduzir em 50 cêntimos a retribuição por cada entrega resultaria, segundo o sindicalista Francisco Figueiredo, que “os trabalhadores teriam de pagar 0,49 euros por cada pizza entregue ao domicílio”. Uma vez que, em média, cada trabalhador faz cerca de 300 entregas por mês, a redução mensal nas ajudas de custo seria de cerca de 150 euros, caso a intenção da empresa tivesse avançado. Neste regime só com vantagens para a multinacional, a compra e a manutenção da mota e dos equipamentos estão a cargo dos próprios distribuidores.

A empresa ainda tentou uma redução de 25 cêntimos por entrega, que não foi aceite pelos trabalhadores, que obrigaram, com a força da greve, ao recuo da Ibersol e à abertura de um processo negocial. O sindicato pede agora a actualização da tabela salarial e a melhoria das condições de trabalho, recordando que o ordenado base destes trabalhadores é, na maioria dos casos, o salário mínimo nacional.

Solidarizamo-nos com esta luta e com a coragem destes trabalhadores que, apesar da situação precária e da ofensiva de que foram alvo, se organizaram e conseguiram travar uma grande empresa da área da restauração.

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