Pobreza cresceu para 2 milhões por causa da crise. Ministro diz que as coisas estão melhores
Os dados do Instituto Nacional de Estatística são claros: o risco de pobreza voltou a aumentar em 2013, com 19,5% da população em risco de pobreza, o que significa um aumento de 1,2 pontos percentuais, face a 2012. Apesar destes dados e de se perspectivar uma situação ainda pior para 2014 e 2015, o governo aprovou um orçamento de Estado para 2015 que implica o corte de 100 milhões de euros em prestações sociais para os mais pobres.
Ontem Mota Soares foi ao parlamento justificar o injustificável e, como sempre, escolheu a mentira dizendo: “Temos um Estado social mais forte no combate à pobreza.”
Os dados do INE confirmam que andámos para trás uma década no combate à pobreza e que temos de voltar a 2004 para encontrar valores tão maus de pobreza em Portugal. Mas o ministro não justificou o corte de milhões de euros nos abonos de família e subsídios de desemprego, mas insistiu que o que fez foi “proteger de dificuldades aqueles que à crise estavam mais expostos”.
Em 2013 todos os índices de pobreza e desigualdade pioraram, mas o governo continua a querer mais austeridade.
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“Temos um Estado social mais forte no combate à pobreza.” – disse o ministro norueguês. Estou a ironizar, porque um ministro dum país como a Noruega dizer algo assim, era das raras situações em que alguém poderia dizer tal frase. Em Portugal, é a gozar com quem sofre. O que desejo a alguém assim, é o dobro daquilo que eles nos desejam a nós: pobreza.