Portugal a caminho da maior desigualdade do mundo
Se Portugal já é um dos países mais desiguais da Europa, corre agora o risco, caso as políticas de austeridade se mantenham, de ser um dos países mais desiguais do Mundo. O alerta é feito hoje pela organização não governamental (ONG) Oxfam.
De acordo com esta ONG, e em declarações à AFP “em 2011, na União Europeia, 120 milhões de pessoas viviam na pobreza [definida como correspondendo a menos de 60% do rendimento mediano], número que poderá aumentar de 15 a 25 milhões se a austeridade continuar” e os países sujeitos ao regime de austeridade “situar-se-ão em breve entre os países mais desiguais do mundo”.
A Oxfam nega qualquer eficácia às medidas de “redução cega da dívida” e critica “os cortes radicais nos orçamentos da segurança social, da saúde e da educação, a redução dos direitos dos trabalhadores e uma fiscalidade injusta”. As políticas de desmantelamento dos sistemas de negociação colectivas traduzir-se-ão “no aumento da desigualdade e na queda contínua do valor real dos salários”. Por outro lado as elites estão cada vez mais ricas, referindo o relatório o crescimento do mercado de bens de luxo.
A ONG diz que a história se está a repetir, citando casos em que houve cortes ou privatizações na saúde e na educação e em que a consequência foi “um fosso entre pobres e ricos”. “A Indonésia demorou dez anos a voltar aos níveis de pobreza de 1997 enquanto alguns países latino-americanos demoraram 25 anos a voltar ao que tinham antes de 1981”.
A desigualdade é hoje uma das maiores evidências, a nível global, de como as políticas estão a ser dirigidas no sentido do favorecimento de uma minoria em detrimento de uma larga maioria de trabalhadores e trabalhadoras que não conseguem ter um rendimento digno. Contra a desigualdade é necessário exigir mais direitos sociais, aumento dos salários mínimos e redução obrigatório dos tetos salariais dos tubarões, e um regime fiscal mais justo.
Notícia: TSF (http://www.tsf.pt/
“O distanciamento entre os mais ricos e os mais pobres continuou a aumentar ligeiramente em 2011 com um Coeficiente de Gini de 34,5% (34,2% em 2010 e 33,7% em 2009).”
(Dados Provisórios)
Dados do INE ( Boletim Mensal de Estatística 2013 julho)
Isto e outras coisas mais, aconteceram e pioraram nestes dois últimos anos, segundo alguns comentadores letrados! Será possível em tão pouco tempo arrazar um país? Há dois anos atrás éramos um país das maravilhas! Não restam quaisquer dúvidas, este governo tem mesmo que ir ao ar, pois o próximo vai colocar tudo no seu devido lugar! Faço votos que venha cheio de iluminados, pois tem havido falta deles e que sejam bem mais baratinhos do que os actuais