Portugal e Grécia: Funcionários públicos pagam a crise
Há poucos dias atrás, Olivier Blanchard, representante máximo do FMI, mostrava-se preocupado com a crise económica internacional, em especial com a Grécia e Portugal. Este apontava como resolução do problema, empurrar a crise para cima dos trabalhadores (aqui). Em Portugal como na Grécia, as ideias partilhadas por este “idiota” do FMI, não são apenas um possível caminho a seguir, mas sim um caminho com muito percurso feito e que continua a perspectivar políticas futuras, desprotegendo ainda mais a generalidade dos trabalhadores. A esta ferocidade, nem os funcionários públicos escapam, é exemplo disso: o actual Orçamento de Estado proposto pelo PS, que congela os ordenados e degrada as relações de trabalho e a vida de toda esta gente que, apesar das adversidades, muito se tem batido pelos seus direitos; e o apelo do primeiro ministro grego, Georges Papandréou, para que os funcionários públicos dêem o exemplo aceitando o congelamento dos seus ordenados, ajudando o país a sair da crise (aqui).
Os funcionários públicos, na Grécia como em Portugal, não são responsáveis por esta crise internacional. O crescimento da precariedade e a degradação das condições de vida destes trabalhadores não pode ser, nem é, a resolução para uma crise criada por quem transacciona, especula e acumula milhões.
by