Portugal teve o segundo maior aumento da diferença salarial entre homens e mulheres
Segundo noticiou o Público, o relatório da Agência da União Europeia para os Direitos Fundamentais (FRA) revela que a diferença salarial entre homens e mulheres aumentou 3,6% em Portugal entre 2008 e 2010, a segunda maior subida nos 27 países da UE.
As menores diferenças encontram-se na Eslovénia (4,4%), Itália (5,5%) e Malta (6,1%), ao passo que as maiores disparidades estão na Áustria (25,5%), República Checa (25,5%) e na Alemanha (23,1%).
Entre os 27 Estados-membros, apenas sete registaram aumentos da diferença salarial e os piores foram a Letónia (4,2%), Portugal (3,6%), a Roménia (3,5%) e a Bulgária (2,1%). Dos 15 países que registaram reduções da diferença salarial, os melhores foram a Lituânia (-7%), a Eslovénia (-4,1%), Malta (-2,5%) e o Reino Unido.
O relatório anual analisa a situação dos direitos fundamentais na União Europeia a quatro níveis – liberdades, igualdade, direitos dos cidadãos e justiça. Ler mais na notícia do Público.
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As vidas das mulheres que vivem em Portugal estão mais difíceis porque mais austeras, mas também porque o sexismo persiste e é reiterado sempre que possível pois dá lucro aos patrões (mão-de-obra mais barata ) e à sociedade que assim se organiza para explorar as eternas escravas do lar.
Um estudo da OCDE, “Society at a Glance 2011”, revelou que, em Portugal, as mulheres ainda despendem mais quatro horas do que os homens em trabalho não pago. Os homens gastam, por dia, pouco mais do que uma hora e meia.
Portugal é então um dos países onde há mais diferenças de género no que toca à divisão das tarefas domésticas.
A análise inclui 26 países da OCDE e, ainda, China, Índia e África do Sul. Portugal surge como o quarto onde a diferença entre mulheres e homens é maior, no que respeita a trabalho não pago. São elas quem mais o faz, acarretando uma jornada dupla de trabalho. Só na Índia, no México e na Turquia é que esta diferença é maior.
E, se juntarmos o trabalho pago e não pago, então Portugal é o segundo país, a seguir à Índia, onde a disparidade é maior entre homens e mulheres, sendo sempre elas quem trabalha mais.
«Nem escravas do lar, nem do capital», gritamos.
Entre as tarefas de uma associação de combate à precariedade está a luta pelos direitos laborais, a ação contra a exploração, a exigência da igualdade a todos os níveis. Não aceitamos meias lutas.






