Precários do Centro Hospitalar do Oeste entregam petição pela sua integração nos quadros
Partilhamos aqui o comunicado de imprensa emitido pelo movimento de Precários do Centro Hospitalar do Oeste, anunciando a entrega de uma petição, esta terça-feira, na Assembleia da República, pela sua integração nos quadros:
Precários em regime de outsourcing no Centro Hospitalar do Oeste entregam petição pela sua integração nos quadros
«A petição propõe a integração directa nos quadros do CHO de todos os trabalhadores precários e foi promovida pelo movimento de Precários do Centro Hospitalar do Oeste. Será entregue na Assembleia da República (AR) no dia 14 de Fevereiro, 3ª feira. Os primeiros subscritores estarão disponíveis para prestar declarações à imprensa, pelas 10h30, nas escadarias da AR. Foram solicitadas reuniões com todos os Grupos Parlamentares para o mesmo dia.
No Centro Hospitalar do Oeste somos 180 trabalhadores precários em regime de outsourcing, maioritariamente assistentes operacionais, e desempenhamos funções essenciais ao normal funcionamento dos serviços, alguns de nós há quase 20 anos. Encontramo-nos nos serviços de urgência, medicina, ortopedia, maternidade, cirurgia, pneumologia, entre outros. Estamos integrados nas hierarquias internas dos hospitais e nunca recebemos qualquer instrução de trabalho das várias empresas de outsourcing. Já conhecemos várias empresas que nos medearam ao longo destes anos. Somos 180 trabalhadores que desempenham funções permanentes. Temporárias são apenas as empresas, sai uma, entra outra, muitas vezes com os mesmos administradores. Gerem um negócio onde só perdem os trabalhadores e os utentes. As funções que desempenhamos são sempre as mesmas e as necessidades dos hospitais são sempre maiores do que a nossa capacidade de trabalho. Os nossos colegas são do quadro e as nossas chefias também. Não temos dúvidas, se o Governo acabar com a precariedade no CHO vai poupar milhões de euros e melhorar a qualidade do Serviço Nacional de Saúde, em benefício de todos os nossos utentes. Por tudo isto não aceitamos que nos deixem de fora do processo de regularização de todos os trabalhadores precários do Estado. Apesar do relatório não contemplar os trabalhadores subcontratados, esperamos que nos próximos passos deste processo, perante as evidências na identificação de necessidades permanentes, se solucione a nossa situação.
Exigimos a integração directa nos quadros, pois quem trabalha há 20 anos a desempenhar funções permanentes, quem já ensinou e integrou dezenas de colegas a exercer estas funções, não deve passar pela humilhação de prestar provas em como tem capacidade para o fazer. Trata-se apenas de um processo de regularização.»
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