Precários Inflexíveis Invadem Call Center :: Greve Geral!

Os Precári@s Inflexíveis estiveram ontem à tarde no interior de um dos call center de uma das principais instituições bancárias do país. Foi uma acção de contacto com esses trabalhadores e trabalhadoras, num claro apelo à Greve Geral do próximo dia 24 de Novembro. Durante a acção foi aberta uma faixa no local de trabalho, onde se pode ler “Não pisem mais o precário, Greve Geral dia 24 de Novembro!”.
Com esta acção, os Precários Inflexíveis continuam um percurso de mobilização para a Greve Geral, fazendo-o junto de quem trabalha sobre as piores condições. Os trabalhadores e trabalhadoras dos call centers estão entre os mais explorados e mais chantageados. São policiados no seu local de trabalho, forçados a ritmos de trabalho desumanos, pressionados permanentemente, sem quaisquer condições ou direitos, com elevada rotatividade e salários muito baixos. O trabalho nos call centers é um exemplo flagrante de um modelo que se tenta impor e ameaça o conjunto da classe trabalhadora.
Procurámos, com este contacto no próprio local de trabalho, furar o muro de silêncio que deixa os direitos mais básicos à porta dos call centers, contribuindo para denunciar a sobre-exploração de milhares de pessoas que, quase sempre sujeitas aos negócios da subcontratação ou a contratos de trabalho muito curtos, sentem a ameaça permanente de perderem a sua ténue fonte de rendimentos. A exploração aqui é também sinónimo de coacção, que reprime a organização destes trabalhadores, que põe todos os dias em causa os seus direitos, nomeadamente o direito à greve.

Sabemos que a Greve Geral de 24 de Novembro será uma resposta fundamental para enfrentar a austeridade e a degradação dos rendimentos e das condições de trabalho, os cortes nos apoios sociais e nos serviços públicos. No dia 24, os trabalhadores, mais ou menos precários, mas também os desempregados e todos os que vêem ser-lhes roubado o presente e o futuro, unidos neste protesto geral, lutam para parar estas medidas e exigir alternativas que respondam às verdadeiras urgências: a precariedade, o desemprego, a perda de rendimentos e a pobreza. A Greve Geral não é apenas um direito: são muitos, incluindo os mais básicos, que hoje nos querem tirar a pretexto de uma crise que não criámos.
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