Precários Inflexíveis reunem com PCTP/MRPP.

Esta Segunda-feira os Precários Inflexíveis estiveram numa reunião a convite da candidatura do PCTP/MRPP. Nesta reunião tivemos oportunidade de expor os principais problemas que afectam os trabalhadores precários:

– A generalização dos vínculos precários: falsos recibos verdes, contratos a prazo, contratos ilegais através de ETT (empresas de trabalho temporário).

– O aumento do número de desempregados, são já mais de 700 mil e muitos não têm direito a qualquer prestação social. Isto obriga os trabalhadores a baixarem o nível de exigência relativamente às propostas existentes no mercado de trabalho, aceitando remunerações inferiores e vínculos mais precários.

– O congelamento do salário mínimo nacional nos 485 euros. Além de ser um valor inaceitável que remete muitos trabalhadores para uma situação de pobreza, vai contra o acordo assinado na consertação social de 2006 onde se previa que em 2011 o salário mínimo se situasse nos 500 euros.

Aproveitámos também para reforçar a ideia de que a precariedade laboral não é um exclusivo dos jovens e que nos chegam testemunhos de precariedade enviados por pessoas de todas as idades.

Apresentámos ainda a Iniciativa Legislativa de Cidadãos ”Lei Contra a Precariedade”, que promovemos juntamente com outros movimentos, e que pretende refutar a ideia de que não há alternativas concretas à crise. Conseguidas as 35 mil assinaturas, e se todos os partidos que se dizem contra a precariedade aprovarem esta lei, serão introduzidos mecanismos na legislação que travam a precarização das relações laborais. Restará saber se estão todos a favor.

Congratulámos o PCTP/MRPP pelo seu mais recente mural na Avenida do Brasil em frente à sede da sua candidatura. Os Precários Inflexíveis têm insistido na ideia de que o mural político é uma prática inerente à própria democracia, e ainda em Março passado tivemos a presença do Dr. António Garcia Pereira num debate por nós organizado onde justamente se discutiu a importância do graffiti e do mural político.

Ao PCTP/MRPP voltamos a agradecer o convite, sublinhando que estamos disponíveis para falar com os restantes partidos, aos quais também já endereçámos uma carta.

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