Professores das AECs em luta: acção de protesto em Mafra exigiu condições de trabalho

Conforme anunciámos aqui, os professores das Actividades de Enriquecimento Curricular de Mafra realizaram hoje uma acção de protesto, denunciando as suas injustas condições de trabalho e exigindo mudanças imediatas. Os Precários Inflexíveis estiveram lá, ao lado destes profissionais. Entretanto, há já um vídeo da acção disponível (aqui) no blog dos professores das AECs da Grande Lisboa.

Para as centenas de pais que iam levar os filhos à escola, foi uma excelente oportunidade para se aperceberem do estado precário e insustentável de muitos professores dos seus filhos. Foi dado ênfase à exigência do fim dos falsos recibos verdes, ao direito a um contrato de trabalho e ao pagamento por todas as horas de trabalho desenvolvido.

Os profissionais e professores precários mostram que não é mais possível esconder os rostos de quem assegura a educação e o enriquecimento da vida escolar e da aprendizagem das crianças e jovens que cada vez passam mais tempo na escola. Esta situação é também a consequência da proposta de precariedade e de horários descricionários que se aplicam de forma cada vez mais transversal a todos os que vivem do seu trabalho.

Estiveram também presentes vários orgãos de comunicação social (local e nacional) bem como  o Sindicato de Professores da Grande Lisboa (SPGL), que marcou presença para manifestar mais uma vez a sua solidariedade e apoio a esta organização e luta, que continua a ganhar visibilidade e capacidade de mobilização, desde que várias organizações e profissionais se juntaram na Grande Lisboa.
Os Precários Inflexíveis não aceitam a situação de discriminação e exclusão laboral em que os professores das AECs, Mafra e não só, se encontram. Estaremos solidários e presentes na força de todas as acções de protesto que, tal como esta, são imprescindíveis para garantir o reconhecimento dos direitos destes milhares de pessoas que levam às costas a “Escola a tempo inteiro”. Esta luta é também de quem não aceita a precariedade e a degradação da Escola pública. Esta luta também é nossa.
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