Professores das AEC's são leiloados frente ao Ministério da Educação

O primeiro protesto dos professores das Actividades de Enriquecimento Curricular (AEC’s) de Lisboa ocorreu ontem à tarde frente ao Ministério da Educação (ME).
Segundo o blog destes professores a concentração frente ao ME não foi inocente, pois é o local de onde sai toda a propaganda acerca das AEC’s enquanto medida essencial na Educação e ao mesmo tempo se lava as mãos da responsabilidade para com aqueles/as que asseguram a “Escola a tempo inteiro”.

Leilão ao contrário
A fim de caricaturar a forma injusta como os técnicos e professores das AEC’s são contratados realizou-se um leilão de professores, onde o leiloeiro ia dando conta das necessidades da empresa e os professores se iam degladiando para serem eles os escolhidos. Os/as escolhidos/as eram sempre os mais qualificados que se dispunham a trabalhar mais por menos. Tudo isto se passava enquanto a Ministra da Educação e o representante da Câmara Municipal, de costas para o leilão, assobiavam para o lado não prestando atenção ao atropelo dos direitos dos professores e das diminuição das condições pedagógicas.
Quatro dos manifestantes (uma professora das AEC’s e representantes dos Precários Inflexíveis, Movimento Escola Pública e SPGL) foram depois recebidos pela Chefe de Gabinete do Secretário de Estado Adjunto e da Educação, a quem os manifestantes puderam deixar as razões do seu protesto.
Nessa audiência exigiu-se que seja o ME a responsabilizar-se pela organização das AEC’s e pelo recrutamento e contratação dos seus profissionais. Se assim acontecesse impediam-se as contratações a falsos recibos verdes e com contratos precários, não haveria atrasos no pagamento dos salários e melhoravam-se as condições para o exercicício das actividades, com grande beneficio para as crianças.
Agora espera-se que Isabel Alçada tome em consideração os problemas levantados e que reuna com os professores das AEC’s para encontrar soluções. Enquanto esperam, estes profissionais – em Lisboa, no Porto, em Olhão e em todo o país – não vão parar até verem os problemas com que se deparam diáriamente resolvidos.

Os Precários Inflexíveis reafirmam o seu compromisso para com esta luta e continuarão a trabalhar com os/as professores/as das AEC’s em para que a sua voz seja ouvida.

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