Recibos verdes: agravamento IRS e erros Seg. Social :: Assembleia Aberta Domingo 15h
Agravamento Fiscal no IRS e erros nos Escalões da Segurança Social fazem dos trabalhadores a recibos verdes os principais atingidos pelo orçamento da austeridade
Reunião Domingo às 15h no MOB adere ao evento facebook aqui.
Três organizações de precários convocam assembleia aberta sobre recibos verdes (foto: dinheiro vivo) |
Perante o anúncio do agravamento substancial da carga fiscal para os trabalhadores e trabalhadoras a recibos verdes (falsos e verdadeiros) e perante os recorrentes erros da Segurança Social, colocando os trabalhadores nos escalões errados de contribuição e ficando-lhes todos os meses com mais salário, a Associação de Combate à Precariedade – Precários Inflexíveis, a APRA – Associação de Profissionais do Regime de Amas e o CENA – Sindicato dos Músicos, dos Profissionais do Espetáculo e do Audiovisual, convocam uma Assembleia Aberta para trabalhadores a recibos verdes no próximo domingo, a partir das 15h, no MOB – Espaço Associativo, na Travessa da Queimada, 33.
Nesta reunião serão esclarecidas as novas medidas e procurar-se-ão posições coletivas a assumir para todas as pessoas que trabalham a recibos verdes perante a situação absolutamente inaceitável em que se encontram as centenas de milhar de pessoas que trabalham neste regime.
A proposta de Orçamento de Estado para 2013 prevê que o rendimento tributável dos recibos verdes passe de 70% para 80% e a taxa de retenção dos 21,5% para os 25%, a que acresce a sobretaxa de 4% do IRS que pode durar até 2014. Acrescendo 29,6% de Segurança Social, os recibos verdes, para cada 100€ de vencimento, deixam mais de 50€ em impostos e contribuições, sem terem direito a proteção ou benefícios sociais.
A recorrente sobre-cobrança na contribuição da Segurança Social levada a cabo pelo Ministro Mota Soares, coloca os trabalhadores em escalões acima do previsto na lei há mais de um ano e após reiteradas denúncias públicas. O novo erro, recentemente tornado público, com novas notificações para enquadramento em escalões acima do devido, é apenas mais uma situação reveladora do desprezo persistente em relação aos trabalhadores mais precários e que já vivem com muito baixos rendimentos.
Nesse sentido apela-se à participação nesta assembleia no sentido de se discutir abertamente tomar em definitivo uma posição clara perante os mais recentes desenvolvimentos do orçamento de estado e do crónico atropelo não só aos direitos dos trabalhadores a falsos recibos verdes, como à extração do rendimento de todos os trabalhadores a recibo verde.
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Como é possível atacarem desta forma vil os espoliados deste País?
Como é possível este aumento brutal de IRS aos trabalhadores indepedentes? Estão a espoliar esta classe de trabalhadores que não deve nada ao estado e o estado lhes deve tudo.
Somos trabalhadores sem direitos. Trabalhadores que labutam todos os dias para viver. Que vendem o seu saber e a sua arte. Que se esforçaram para melhorar. O que estão a fazer é um esbulho, é um roubo, porque não temos nada em troca. É como um assalto, não temos as contrapartidas das outras classes de trabalhadores, os direitos inerentes a um contrato de trabalho, a protecção em caso de cessação desse vínculo, a protecção em caso de doença, etc. Como é que nos podem, e nós deixamos, fazerem-nos isto.
Onde estão todos os independentes e liberais deste País, alguns até com peso. É necessário unir esforços, apelar aos deputados que não deixam passar este assalto perpetrado por uma pessoa que recebe um ordenado principesco e provavelmente nem paga impostos em Portugal.
Este governo ao fazer este assalto aos independentes, mostra cobardia, porque é forte com os mais fracos. Esta carga brutal de impostos relativamente às outras classes de trabalhadores é além de desprovida de qualquer sentido de justiça e igualdade entre os trabalhadores, para além da débil condição em que trabalhamos que tem de ser atendida, é inumana.
É necessário reagir, é necessário unir esforços, apelar aos homens bons deste País e aos do Parlamento (se é que ainda os há), para que tratem igual o que é igual e desigual o que é desigual na medida dessa desigualdadade: É este o princío da igualdade num estado de direito democrático.
alterar ou desobedecer