Rede Internacional: reunião em Frankfurt discute possibilidades
Impulsionado pela experiência italiana da Greve Social, juntando precárias, sindicalizados, desempregadas, migrantes e outros sectores sociais, e da proposta da constituição de uma rede internacional de precários, realizou-se ontem uma reunião em Frankfurt, com mais de cem participantes, acerca de que processos podem ser seguidos para se poder construir um movimento mais amplo de solidariedade transnacional, a reunião “A caminho de uma greve social e transnacional?”.
Continua a discussão e processo de abertura, dinamizado por cada vez mais organizações, de estabelecer uma rede que possa coordenar posições e acções a nível internacional acerca da questão transversal da precariedade. Desde as questões mais concretas “como fazer greve se és um trabalhador temporário sempre em perigo de despedimento” ou “o que é que significa fazer greve para um freelancer” às bases teóricas para uma articulação efectiva “como desafiar um governo comum da União Europeia, que vive da mobilidade, explorando a regionalização de salários e sistemas de protecção social, para estabelecer uma hierarquia de países exportadores e importadores de mão-de-obra?”, “como organizar uma força de trabalho onde migrantes e locais são jogados uns contra os outros através de racismo institucional?” ou “conseguimos construir uma agenda de reivindicações comuns e transnacionais”?
Embora esta discussão já tenha alguns meses, ainda está numa fase de muita informação e grande troca de ideias, algumas das quais contraditórias, mas a importante energia já existente traz importantes pistas de caminhos a seguir e pistas a explorar. Durante os próximos dias divulgaremos no nosso site alguns textos discutidos e testemunhos registados, nomeadamente dos trabalhadores da Amazon em greve, de activistas da Connessioni Precarie e do sindicato italiano COBAS.
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