RJIES e precariedade laboral motivam discussão entre Estudantes de Coimbra

Numa assembleia Magna em Coimbra estudantes criticaram a Direcção-Geral da AAC por haver pouca mobilização dos estudantes na luta contra o regime jurídico do superior e a precariedade laboral.

“Houve uma campanha contra a precariedade na manifestação a Lisboa [a 28 de Março], mas depois da Queima das Fitas esta direcção-geral ficou de ressaca e a AAC calou-se”. Foi desta forma que Fabian Figueiredo, estudante da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra (UC), se dirigiu à audiência para criticar a falta de acções de rua contra a “precaridade dos recém licenciados”. O estudante frisou a existência de um milhão de trabalhadores a recibos verdes e exigiu à DG/AAC “que se pronuncie publicamente de forma desfavorável ao Código de Trabalho”. “Espero que a Academia de Causas diga: ‘não nos vendemos, não cedemos, queremos mais direitos”, disse.

Foi também aprovada a moção seguinte que pede à DG/AAC que se pronuncie através de nota de imprensa sobre o novo código laboral.

Moção Recibos Verdes: Não é isto que queremos

A Precariedade Laboral é um flagelo que atinge as gerações mais novas, mas pode não ser um futuro inevitável, temos que agir, não queremos ficar na história como a geração recibo-verde. Falando em História, a Associação Académica de Coimbra preserva um honroso nome nela, sempre se bateu por melhores direitos e mais justiça social. Este é o nosso património, sendo assim, não devemos deixar passar em branco este novo código laboral. Já existem hoje cerca de 1 milhão de trabalhadores a recibos-verdes, na sua maioria jovens, existem também 863 mil licenciados com vínculos precários, não é este o caminho que queremos, queremos ser respeitados, esta tem se der uma CAUSA desta ACADEMIA! Assim sendo, a Academia de Coimbra reunida ao 15 dias do mês de Outubro de 2008, delibera que:

A Associação Académica de Coimbra se pronuncie publicamente, através de uma nota de imprensa, de forma desfavorável a este novo código laboral, pois vem em sentido contrário do que deveriam ser medidas políticas concretas de promoção de trabalho com direitos e de combate à precariedade laboral, que afecta tanto a juventude deste país de qual a Associação Académica de Coimbra é parte integrante.


via “A Cabra” 1 e 2

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