Salário mínimo: quando os trabalhadores pagam os seus próprios aumentos
António Costa anunciou esta quinta-feira que o ano tinha sido fechado com chave de ouro porque conseguiu um acordo para o aumento do salário mínimo para 557€ em 2017 dando como contra partida para os patrões a descida da TSU em 1,25 pontos percentuais.
Com este acordo, que será assinado pelo governo, UGT e patrões, em cada 4 euros de aumento do salário mínimo 1 euro é pago dos bolsos dos trabalhadores. Ou seja, na prática, os patrões só vão suportar um aumento do salário mínimo de 20,25€.
Sabemos que os baixos salários e a precariedade andam de mãos dadas, por isso queremos ser claros: não há acordo para dar com uma mão e tirar com a outra.
Os Precários viram com expectativa o acordo entre PS e Bloco de Esquerda, que indicava que até ao final da legislatura o salário mínimo deveria subir até aos 600€, mas com este movimento por parte do governo de António Costa vemos com preocupação os próximos aumentos.
Recordamos que a CGTP não irá assinar este acordo e que defendeu a subida do salário mínimo para 600€ já em 2017, até porque, de acordo com Arménio Carlos, se considerássemos o aumento da produtividade e a inflação o salário mínimo devia estar nos 902€ para poder acompanhar o valor de 1974.
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