Salários e pensões: cortes temporários para sempre

No último debate quinzenal na Assembleia da República Passos Coelho já havia dito que os salários e as pensões não voltarão a níveis de 2011, mas ontem o Primeiro ministro disse que o valor dos rendimentos do trabalho vão fixar “indexados” ao andamento da economia.

1AEC698FB040D1BE90F1C728192E2FDepois Passos afirmou que “é verdade que medidas do lado dos salários e do lado das pensões – como a Contribuição Extraordinária de Solidariedade (CES) – foram apresentadas como transitórias e são transitórias”, mas “transitório significa que as medidas durarão apenas enquanto as circunstâncias da disciplina financeira pública o justificar”. Mas como se justica a manutenção dos cortes se a troika vai sair de Portugal dentro de um mês? É simples, o Tratado Orçamental vai manter a austeridade eterna e esse não precisa de soluções como a troika que foram consideradas um erro pelo Parlamento Europeu.

Finalmente culpou as pessoas que trabalham pelo estado das contas do país, dizendo: “repor os rendimentos que existiam antes” “significa objetivamente voltar a reabrir o problema orçamental que nós não queremos abrir”.

Atacar os salários e as pensões é o seu único programa, porque durante todo o discurso nunca falou de desemprego, do subemprego e dos baixos salários que a austeridade está a criar.

Notícia aqui.

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