Salários e pensões: cortes temporários para sempre
No último debate quinzenal na Assembleia da República Passos Coelho já havia dito que os salários e as pensões não voltarão a níveis de 2011, mas ontem o Primeiro ministro disse que o valor dos rendimentos do trabalho vão fixar “indexados” ao andamento da economia.
Depois Passos afirmou que “é verdade que medidas do lado dos salários e do lado das pensões – como a Contribuição Extraordinária de Solidariedade (CES) – foram apresentadas como transitórias e são transitórias”, mas “transitório significa que as medidas durarão apenas enquanto as circunstâncias da disciplina financeira pública o justificar”. Mas como se justica a manutenção dos cortes se a troika vai sair de Portugal dentro de um mês? É simples, o Tratado Orçamental vai manter a austeridade eterna e esse não precisa de soluções como a troika que foram consideradas um erro pelo Parlamento Europeu.
Finalmente culpou as pessoas que trabalham pelo estado das contas do país, dizendo: “repor os rendimentos que existiam antes” “significa objetivamente voltar a reabrir o problema orçamental que nós não queremos abrir”.
Atacar os salários e as pensões é o seu único programa, porque durante todo o discurso nunca falou de desemprego, do subemprego e dos baixos salários que a austeridade está a criar.
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Lutei, trabalhei e estudei para ter uma vida sustentável e talvez um pouco mais. Lutei, estudei e dediquei-me para neste momento estar aqui a preparar a minha expedição de alpinista aos Himalaias, tão amadamente desejada (desculpem pelo insólito…) mas pronto…morreu…sonhos são sonhos que já não voltam. Estou, ao invés disso, aqui, a contar trocos para que os meus pais idosos tenham comida, luz, água, medicamentos…
Eu de sonhos despedaçados, outros a contar trocos também, para alimentar os filhos.
Somos um povo de sonhos despedaçados. O inimigo destruí-nos. Os anos não voltam. As familias separam-se á força pela emigração.
Estamos mortos.
O que fazer, amigos, a estes criminosos que destruíram para sempre as nossas vidas?