Salários em atraso aumentam 16% em 2012, Provedor de Justiça pede intervenção
Trabalhadores da cerâmica valadares estão há meses sem receber (foto:TVI) |
A Autoridade para as Condições de Trabalho (ACT) detetou no primeiro semestre de 2012 mais 16% de casos de trabalhadores com salários em atraso. Foi também detetado um aumento de 23% do valor que os patrões devem aos trabalhadores e trabalhadoras. Os patrões já devem mais de 9,7 milhões de euros e, mesmo depois das inspeções, a maioria deste dinheiro costuma ficar por pagar. A CCP (Confederação do Comércio e Serviços de Portugal) avisa que os atrasos no pagamento aos trabalhadores “são a antecâmara do encerramento das empresas”.
O Provedor de Justiça instou o Ministro Pedro Mota Soares a garantir uma maior celeridade do Fundo de Garantia Salarial que hoje demora, em média, 8 meses para iniciarem o apoio aos trabalhadores e trabalhadoras cujos patrões estão em falta.
O regime de austeridade, imposto pelo Governo de Passos e Portas, está a destruir o tecido económico em Portugal, o que provoca o agravar dos problemas sociais. No entanto, e muito embora a situação social esteja em claro declínio, não vemos por parte do Ministério da Solidariedade e Segurança Social uma resposta adequada e atempada. Demorar 8 meses para analisar um pedido ao Fundo de Garantia Salarial é impensável e é condenar milhares de famílias à pobreza e à indigência.
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