São eles que vivem acima das nossas possibilidades: Políticos dos partidos de poder são gestores e homens de negócios.



Pensões vitalícias recebidas por homens dos partidos de poder e que se movimentam nas administrações das grandes empresas e escritórios.

Está em curso uma acelerada transformação (ou revolução) do país levada a cabo pelos governos de José Sócrates (PS) e continuada por Passos Coelho (PSD) com Paulo Portas(CDS). De 2009 para 2010, em plena crise, Américo Amorim, o homem mais rico do país, viu a sua fortuna, avaliada em 2,2 mil milhões de euros, crescer 9,1% face a 2009. As 25 maiores fortunas do país concentram  9% do PIB, ou seja, do resultado do trabalho e da produção interna. Neste quadro, o fim da democracia está em curso acelerado, pois sem direitos e liberdade de escolha na vida e no trabalho, sem serviços públicos universais e de qualidade na saúde, no ensino e na cultura, aquilo que nos resta, aquilo que nos propõem, é viver nas sobras. Querem-nos a aceitar o que outros do lado não aceitam, baixar a cabeça quando os outros não baixarem, entregar a dignidade de cada pessoa, de cada um de nós, homem ou mulher, ao serviço de qualquer patrão ou empresa com apetites diversos que devem ser respondidos… sejam eles quais forem.

Bagão Félix-Gestor e Professor
na Univ Lusíada. É um dos que recebe pensão vitalícia.

São eles, os banqueiros, os administradores, os accionistas, que vivem acima das nossas possibilidades. São eles, os políticos dos partidos de poder que saltitam entre grandes grupos económicos e a esfera pública que nos roubam e organizam o saque social, através da desestruturação e desinvestimento nos serviços públicos. São eles, foram eles, que criaram uma rede mafiosa de interesses em empresas públicas, semi-públicas e privadas, e se colocaram para o saque do país.

Eles é que vivem acima das nossas possibilidades. A única resposta possível é a de que, como noutros países, e mesmo como em Portugal, os trabalhadores e os desempregados, os estudantes e os pensionistas, tomem posição e venham para a rua.

Ver:
25 maiores fortunas em Portugal representam 9% do PIB

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