Segurança Social gasta 77M€ para financiar modelo de precariedade

Segundo  notícia no site da Agência Financeira, a Segurança Social ofereceu às empresas as empresas cerca 77 milhões de euros no ano passado para que estas contratassem trabalhadores a prazo, até 3 anos. 

Ao mesmo tempo, sabemos que mais de 40% dos desempregados que se inscrevem nos Centros de Emprego fazem-no devido ao “fim de trabalho não permanente” (contratos a prazo). Este é  “o principal motivo de inscrição dos desempregados no continente ao longo do último mês de 2010”.


Portugal conta com mais de 745 mil trabalhadores a prazo e 600.000 desempregados. Perante isto, a Segurança Social isenta as empresas de descontos no primeiro ano e oferece uma redução da taxa social única de 25% no segundo ano e de 50% no terceiro.


Uma política de investimento e apoio económico que objectivamente suportasse o emprego com direitos e combatesse a precariedade não está na agenda política do governo. Em vez disso, o Governo, por via da Segurança Social, oferece vantagens às empresas para que contratem trabalhadores precários sem qualquer garantia de manutenção de direitos e de emprego, pelo meio, paga parte dos salários (por intermédio do IEFP) ou isenta as empresas de contribuições para a Segurança Social.

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