Segurança Social só sobrevive com mais emprego
A Antena 1 publicou hoje uma reportagem com vários especialistas sobre a sustentabilidade da Segurança Social depois de na passada semana se ter sabido que pela primeira vez em 3 anos a taxa de natalidade parou de cair.
Para todos os entrevistados a questão demográfica não se põe no futuro imediato. É dramática, sim, e importa inverter o problema demográfico grave que Portugal enfrenta e que só uma subida muito substancial da natalidade, com mais 17 mil nascimentos ano, poderia inverter.
Mas tanto Renato Miguel do Carmo, como Bagão Felix, estão de acordo: o problema é o desemprego e a falta de emprego. Com menos pessoas a trabalhar, diz Miguel do Carmo, aumentam as despesas sociais e diminuiem os impostos; e Bagão Felix é categórico, com uma taxa de desemprego “muito mais baixa” o problema do défice das contas públicas estaria resolvido e a sustentabilidade da Segurança Social reforçada. O problema é que à falta de emprego, se junta a emigração maciça, o fim da imigração e a precariedade, com baixos salários.
Entre setembro de 2013 e setembro de 2014 o país perdeu 35.300 pessoas na população ativa. Esta sim é a maior ameaça à Segurança Social.
Esta reportagem vai ao encontro do que foi defendido por José Luís Albuquerque, Maria do Carmo Tavares e Ricardo Moreira no Fórum Precariedade e Desemprego que os Precários promoveram em novembro.
O primeiro passo para garantir a sustentabilidade da Segurança Social e melhorar o problema demográfico é simples: criar emprego. E para isso é obrigatório parar a austeridade.
Reportagem aqui.
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